Foi formada nesta quinta-feira uma comissão para discutir a coleta de resíduos dos grandes geradores de lixo em Presidente Prudente a partir das obrigações referentes ao Decreto Municipal nº 32.070/2024, que regulamenta os representantes de empreendimentos comerciais e industriais que geram 200 ou mais litros diários de resíduos sólidos, com o cumprimento de responsabilidades pelo acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento, destinação e disposição final dos rejeitos.
A comissão é formada por Raul Audi Júnior, da Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente), Rubens Afonso, do Sinhores (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Presidente Prudente), Itamar Alves de Oliveira Júnior, da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), e Renato Michelis, da UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e Região).
“Hoje realizamos uma primeira reunião com uma comissão que nós formamos. Temos representantes da Fiesp, do Sindicato de Hotéis, da Associação Comercial, da UEPP e também representantes de bares e restaurantes, o pessoal do Bon-Mart [Frigorífico] e da Ceagesp [Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo]”, inicia presidente do Sinhores, Rubens Afonso.
Segundo Rubens, o objetivo da comissão é ampliar o debate, trazendo novas perspectivas e quantificando a produção atual de cada empresa para estimar as necessidades dos grandes geradores de lixo em Prudente. “A gente conseguiu apresentar duas empresas [que fazem a coleta dos resíduos], mas tem aparecido outras também. Vamos ver quais empresas que desenvolvem esse trabalho de coleta, e qualificar dentro da comissão estas empresas, e aí dar o destino final para as nossas coletas de resíduos sólidos”, realçou.
Ele também enfatizou a gravidade do problema dos resíduos sólidos, destacando o impacto significativo sobre o setor de restaurantes. O presidente do Sinhores ressaltou a colaboração entre a comissão, a Acipp e o Sindicato dos Hotéis para buscar soluções efetivas. “Apesar da persistência do problema ao longo dos anos, há agora um direcionamento claro para encontrar uma empresa capaz de realizar a coleta e reciclagem dos materiais, evitando o descarte em aterros”, disse Rubens Afonso, que também mencionou o possível envolvimento de cooperativas, como a Cooperlix (Cooperativa de Trabalhadores de Produtos Recicláveis de Presidente Prudente), e a colaboração com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) para fortalecer essas iniciativas.
“Estamos buscando uma sintonia mais fina, acertar todos os pontos necessários para efetivar uma espécie de um trabalho geral, consorciando todas as empresas que têm esta necessidade de maneira a baratear, possivelmente, este custo, e assim tornar-se viável para que todas elas tenham este serviço necessário prestado”, disse o advogado da Acipp, Renato Mungo.
Para o diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Itamar Alves Júnior, a situação do lixo em Prudente é de conhecimento geral e deve ser resolvida, já a partir das empresas classificadas como grandes geradores de lixo. “Penso que [essa questão] deve ser resolvida a oito mãos, envolvendo as entidades, aquelas pessoas que têm a necessidade de dar uma destinação ao lixo e a Prefeitura. Afinal de contas, a gente sabe que tivemos no passado propostas para a destinação do lixo e, até hoje, as providências não foram tomadas. De qualquer forma, acho que no meio das conversas existe uma solução, acredito que elas serão apresentadas e aí cada qual tem que tomar seu destino e resolver o problema, afinal de contas, a lei deve ser cumprida”, ressaltou Itamar.
Conforme apuração da reportagem de O Imparcial, a próxima rodada de reunião entre as entidades e os grandes geradores de lixo deve ocorrer na tarde da próxima quinta-feira.
