Três deputados estaduais que fazem parte da Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) visitaram ontem três penitenciárias localizadas na região de Presidente Prudente. "A intenção é levar mais segurança para os agentes penitenciários que atuam em nossa região e também em outras unidades em todo o Estado", ressaltou o deputado Ed Thomas (PSB), após as visitas. Durante à tarde, o Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo) realizou uma manifestação em defesa dos trabalhadores no centro de Presidente Prudente.
Além de Ed Thomas, estavam presentes os deputados Antonio Assunção de Olim (PP), que preside a comissão, e Márcio Camargo (PSC), além do secretário de Administração Penitenciária, Lourival Gomes. O grupo visitou a P1 (Penitenciária Zwinglio Ferreira) e a P2 (Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira), em Presidente Venceslau, além da unidade de segurança máxima, Penitenciária Silvio Yoshihiko Hinohara, em Presidente Bernardes.
"Estes presídios são referência de segurança em todo o país e podem servir de exemplo para outras unidades do Estado, principalmente em relação aos problemas enfrentados pelos trabalhadores do sistema carcerário", pontua Ed Thomas. "Tivemos muitas notícias de agressões dentro das unidades e são necessários mais investimentos na automação para garantir melhores condições de trabalho, além de melhores salários para os servidores", ressalta o deputado.
A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) foi contatada pela reportagem para comentar a visita, mas não retornou as ligações até o início da noite de ontem.
Protesto
Apesar da preocupação demonstrada pelo deputado Ed Thomas, agentes de segurança penitenciária relatam que tentaram conversar com os membros da comissão e também com o secretário antes que o grupo embarcasse no Aeroporto Estadual de Presidente Prudente, mas não foram recebidos. "Nossa intenção é chamar a atenção para as agressões sofridas por agentes penitenciários dentro das unidades prisionais e para os diversos casos de execuções e assassinatos cometidos contra os servidores", informa Ismael Manoel dos Santos, diretor-executivo do Sindasp.
Durante à tarde, cerca de 50 agentes participaram de um protesto na região central de Prudente, exigindo melhores condições de trabalho. "Os agentes acabam se posicionando na linha de fogo entre o Estado e os presos que, quando querem pressionar o governo, acabam agredindo, ameaçando ou até mesmo executando os trabalhadores", relata o sindicalista.