Comércio varejista da região encerra 2023 com maior faturamento em 15 anos

Receita de R$ 16,7 bilhões corresponde ao crescimento de 3,8% em relação ao ano anterior; supermercados respondem pelo maior montante

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 13/03/2024
Horário 15:33
Foto: Maurício Delfim Fotografia
Comércio regional registra maior faturamento desde início da série histórica, em 2008
Comércio regional registra maior faturamento desde início da série histórica, em 2008

As vendas do comércio varejista na região de Presidente Prudente atingiram R$ 16,7 bilhões em 2023, uma alta de 3,8% em relação ao ano anterior. É o maior faturamento desde o início da série histórica, em 2008. Relativamente tímido, esse aumento ocorreu sobre uma base forte de comparação, já que havia crescido 9,6% em 2021 e 9,2% no ano seguinte.

Os dados são da PCCV (Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista), elaborada mensalmente pela Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) com base nas informações da Sefaz-SP (Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo).

Das nove atividades analisadas, seis registraram crescimento e três delas alcançaram a maior receita da história — autopeças e acessórios; farmácias e perfumarias; e supermercados (com maior montante). Por outro lado, três segmentos sofreram queda nas vendas em relação a 2022. Nos casos do grupo de outras atividades, em que predomina a venda de combustíveis, com um recuo de 3%, e do varejo de materiais de construção, com um faturamento 8,1% menor, os desempenhos negativos em 2023 podem ser atribuídos à base forte de comparação, já que, no ano anterior, essas atividades bateram recorde de vendas, de modo que seja natural ocorrer esse ajuste. As lojas de móveis e decoração apresentaram queda de 11,6% no faturamento.

Faturamentos por setor

Dados de dezembro

Em dezembro do ano passado, o estudo da Fecomércio-SP apontou que o faturamento mensal do varejo na região de Presidente Prudente também foi o maior da história, atingindo R$ 1,6 bilhão. Esse montante representou um aumento de 1,9% em comparação ao mesmo período de 2022.

Cinco das nove atividades pesquisadas apontaram crescimento em relação a dezembro de 2022, com destaque para as lojas de vestuário, tecidos e calçados, cujo faturamento avançou 35,5%, e para as farmácias e perfumarias, com alta de 9,2%.

Geração de empregos

Na visão da Fecomércio-SP, de maneira geral, os resultados positivos do varejo em 2023 foram motivados, principalmente, pela geração de empregos com carteira assinada.

"São vários os fatores que contribuíram para esse resultado. O primeiro a destacar é o aumento na geração de empregos em 2023, influenciando nas condições de consumo, com o décimo terceiro salário, por exemplo. Apesar de a primeira parcela do pagamento geralmente ser direcionada para o pagamento de contas, o restante é injetado no comércio", comentou Vitalino Crellis, presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região) e diretor da Fecomércio-SP.

Para se ter uma ideia, em âmbito nacional, a taxa de desemprego fechou o ano em 7,8%, menor patamar desde 2014. Além disso, quase 1,5 milhão de empregos formais foram gerados no Brasil — cerca de 390 mil só no Estado de São Paulo.

Outro fator que contribuiu foi a desaceleração inflacionária, principalmente sobre o grupo de alimentação e bebidas, que tem grande peso no orçamento familiar. Além disso, houve o início do ciclo de redução da taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), que gerou efeitos positivos sobre o poder de compra das famílias e sobre a confiança dos consumidores.

"Também vale destacar principalmente o empenho dos comerciantes para superar os obstáculos e atrair os consumidores, se adaptando e implementando novas formas de atendimento e campanhas e buscando melhorias contínuas para seu negócio”, pontua o presidente.

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