A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Presidente Prudente, por meio do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), confirmou 53 novos casos de LVC (leishmaniose visceral canina). Destes, sete foram notificados por clínicas veterinárias do município e somente um é importado. Somados às confirmações no primeiro bimestre, a cidade registra 58 casos em 2021.
Todos os proprietários de cães com LVC foram comunicados sobre o diagnóstico e receberam orientações a respeito da doença, sua forma de transmissão e as medidas de prevenção.
“A leishmaniose visceral é uma doença grave, transmitida pela picada do mosquito-palha, que pode levar à morte de pessoas e animais. No homem, a doença causa febre, emagrecimento, desconforto abdominal, aumento de baço e do fígado e fraqueza. No ambiente urbano, o cão é o principal reservatório da doença. No entanto, não há transmissão por contato direto com o animal, como nos casos de mordidas ou lambeduras. A transmissão ocorre pela picada do mosquito-palha infectado. No cão, a leishmaniose visceral causa emagrecimento, fraqueza, queda de pelo, crescimento exagerado das unhas, feridas no focinho, nas orelhas e ao redor dos olhos, além de problemas de pele diversos”, alerta o gerente do CCZ, Ricardo Pisca.
No entanto, cabe destacar que muitos animais sadios podem estar infectados. São os portadores assintomáticos. Os cães, nesta fase, mesmo sem qualquer alteração clínica, ao serem picados pelo mosquito-palha, mantêm a doença circulando na cidade. Lembrando que os sintomas nos cães podem demorar de três meses a vários anos para aparecer, com média de 3 a 7 meses. Assim, é altamente recomendado que cães sadios realizem o exame, no mínimo a cada seis meses. O CCZ realiza o procedimento de forma gratuita.
Quanto à prevenção da doença, sabe-se que as larvas do mosquito-palha se criam em locais sombrios, com vegetação e acúmulo de matéria orgânica em decomposição, como nas situações de acúmulo de folhas e frutos caídos, além de fezes de animais. “Promova a limpeza rotineira de seu quintal e realize a poda regular das árvores. Adicionalmente, use em seu cão coleira repelente (a base de Deltametrina a 4%), pois esta coleira é capaz de afastar os insetos transmissores. Procure mais informações sobre as condições de uso destas coleiras junto ao CCZ ou com seu médico veterinário”, recomenda o gerente do órgão.