Com investimento de R$ 350 milhões, parceria atinge 2 milhões de árvores plantadas no Pontal

Ação promovida entre AstraZeneca, IPÊ e Ambipar Environment prevê plantio de 12 milhões de mudas, em 6 mil hectares, até 2025, no Projeto ARR Corredores de Vida

REGIÃO - MELLINA DOMINATO

Data 19/06/2024
Horário 16:18
Foto: Carlos Aidar
Em Euclides da Cunha Paulista, plantio foi acompanhado por empresas parceiras e representantes da Semil
Em Euclides da Cunha Paulista, plantio foi acompanhado por empresas parceiras e representantes da Semil

Chegou a 2 milhões a quantidade de árvores plantadas pela AstraZeneca em mais de mil hectares do oeste paulista – o equivalente a cerca de seis Parques do Ibirapuera e mil campos de futebol. A marca é parte do resultado do investimento de mais de R$ 350 milhões anunciado pela biofarmacêutica global, em 2023, para o plantio de 12 milhões de mudas, em 6 mil hectares, até 2025, no Projeto ARR Corredores de Vida, uma parceria entre IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas) e Ambipar Environment. Para celebrar o plantio de 2 milhões de árvores até o momento foi realizado nesta quarta-feira, em Euclides da Cunha Paulista, no Pontal do Paranapanema, um evento com as empresas parceiras e representantes da Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo).
Com potencial de remoção total de 2.337.102 toneladas de dióxido de carbono (CO2), também conhecido como gás carbônico, é possível estimar que, nessa primeira fase, com o plantio dos primeiros mil hectares, 389.517 toneladas de CO2 podem ser potencialmente removidas em 30 anos, afirma a Assessoria de Imprensa da biofarmacêutica. Quanto ao Projeto ARR Corredores de Vida, realizado no oeste paulista, este segue uma estratégia criada pelo IPÊ há mais de 20 anos, conhecida como “Mapa dos Sonhos”, que definiu as áreas estratégicas para conectividade entre os fragmentos florestais, por meio de corredores ecológicos, que vão beneficiar a fauna e a flora e, assim, contribuir com o restabelecimento do habitat inclusive de espécies ameaçadas de extinção. 
Para implementação e concretização de todas as vertentes que envolvem a iniciativa, há previsão da geração de 400 postos de trabalho. Nessa primeira fase, aproximadamente 200 pessoas já estão em atuação, ocupando cargos em empresas de plantio e na produção de mudas em viveiros agroflorestais comunitários, além da participação nos staffs técnicos e como pesquisadores associados. 
Acompanhando de perto o trabalho em Euclides, nesta quarta, o diretor geral da AstraZeneca Brasil, Olavo Corrêa, afirma que já é conhecido que a crise climática é a maior crise de saúde pública do nosso tempo, daí a importância de investir no reflorestamento, o que se reflete na melhora da saúde da população. “Poder atuar em um projeto como esse, no qual podemos trazer sustentabilidade através da restauração da mata atlântica é extremamente importante para todos nós e, principalmente, para nós que atuamos no mercado de saúde. Poder estar aqui hoje vendo na prática a implementação deste projeto é algo realmente de muito orgulho para todos nós da empresa”, ressalta.
O proprietário da Fazenda Santa Rosa, visitada pelo grupo, se diz bastante satisfeito com o trabalho desenvolvido. “Hoje não se plantam árvores, estamos fazendo é uma lavoura de floresta. Está tudo muito bonito, tanto a parte já restaurada, quando os plantios de hoje. Quero registrar a satisfação com essa parceira e vejo isso no futuro, ou melhor, no presente, como uma situação que só vem a combater os problemas passivos ambientais que temos no território paulista”, declara Marcos Meireles.

Fotos: Carlos Aidar
Diretor da AstraZeneca Brasil afirma que crise climática é a maior crise de saúde pública do nosso tempo
 

Próximo passo: restauração em escala
Coordenador do ARR Corredores de Vida, Laury Cullen explica que o próximo passo do projeto é “escalar”. “Há cinco anos, plantávamos 200 hectares em um ano e, hoje em dia, conseguimos plantar isso em quase um mês. Então, a curva de aprendizado no reflorestamento foi muito rápida e vamos fazer com que o Código Florestal seja efetivado no oeste paulista. Temos quase 250 mil hectares de passivo ambiental em reservas legais, áreas de preservação permanente e, então, é isso, a gente já sabe como fazer e agora é escalar esses aprendizados para que todo esse passivo ambiental seja realizado no Pontal, e isso realmente torne possível a adequação ambiental e a adequação produtiva de muitas propriedades privadas e públicas no oeste paulista”, destaca.
Pontua que o projeto é importante para o tripé CCB (Clima, Comunidade e na Biodiversidade). “Clima porque a gente acredita que um restauro feito em escala contribui com as mudanças climáticas, pois a restauração é uma importante ferramenta para alguns desafios globais”, cita. “Quanto à questão comunitária, todo esse plantio de floresta é feito com envolvimento comunitário, com mão de obra capacitada da agricultura familiar. E, no que diz respeito à biodiversidade, todas essas florestas sendo restauradas em escala ajudam na conservação e na viabilidade da conservação de muitas espécies endêmicas e ameaçadas do oeste paulista”, finaliza.

Coordenador do ARR Corredores de Vida, Laury Cullen explica que próximo passo do projeto é “escalar”

Fotos: Carlos Aidar

Em Euclides da Cunha Paulista, plantio foi acompanhado por empresas parceiras e representantes da Semil
 

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