A confirmação nesta semana do primeiro caso autóctone de Covid-19 (contraído no próprio município) causado pela variante Delta, em Presidente Prudente, além de um importado que já havia sido registrado, acende o alerta para a necessidade de avaliar as estratégias de enfrentamento à pandemia. Com a queda no número de casos, internações e mortes em quase todo o país, inclusive na nossa região - graças ao avanço da vacinação -, tem-se a falsa sensação de segurança, de que as coisas já estão voltando ao normal, o que leva as pessoas a abandonarem os cuidados básicos e a facilitarem a transmissão do vírus.
Os barzinhos já começaram a ficar lotados. As salas de aulas voltaram a receber seus alunos. O comércio a funcionar normalmente, sem limite de pessoas ou horário de atendimento. Alguns eventos já estão permitidos! Tudo isso é motivo de comemoração! No entanto, os cuidados essenciais, como o uso de máscara e álcool em gel, além do distanciamento social, não podem ser deixados de lado!
Não é hora de baixar a guarda! O diagnóstico desta semana em Prudente, referente a um homem de 57 anos que começou a apresentar sintomas no dia 7 de agosto e não viajou para outra localidade, porém, teve contato com a esposa, que esteve no Rio de Janeiro e que também foi diagnosticada com a mesma variante, indica que a Delta agora está em circulação na cidade. E agora também na região, conforme noticiado na edição de hoje.
Considerada uma VOC (variante de preocupação mundial) pela OMS (Organização Mundial da Saúde), diversos estudos já mostraram que a Delta se espalha muito mais rápido, tem maior probabilidade de infectar vacinados e pode desencadear doenças mais graves nos não imunizados, em comparação com todas as outras cepas do novo coronavírus já conhecidas.
O que antes era uma triste realidade na Índia, se espalhou rapidamente pelos países da América Latina, chegou ao Rio de Janeiro (a capital fluminense é a que concentra o maior número de casos no Brasil) e agora já circula por Prudente.
A vacinação completa continua sendo o melhor meio de se proteger contra a doença, sobretudo, em suas formas graves. Enquanto tem gente contando nos dedos o dia de tomar sua primeira dose ou já garantir sua terceira como reforço, há milhares no país que não voltaram para tomar a segunda. Seja por medo das reações, por achar que já está tudo sob controle, ou simplesmente por não acreditar na eficácia das vacinas. A verdade é que, quanto mais pessoas vacinadas, menor será a circulação do vírus. E, consequentemente, a chance de você contrair a Covid-19. A pandemia não acabou. Se continuarmos fazendo nossa parte, caminhamos para o início do fim!