Com o avanço da dengue no município, a Prefeitura de Adamantina declarou, nessa terça-feira, situação de emergência na saúde pública municipal e determinou atividades preventivas contra o Aedes aegypti, que também transmite a chikungunya e o zika vírus. Conforme balanço divulgado na ocasião, a cidade soma 371 casos confirmados de dengue e dois óbitos em investigação.
A medida foi publicada por meio do decreto nº 6.672/2023, que autoriza o poder público a executar as estratégias necessárias para o controle da doença e do mosquito transmissor, nos termos das legislações federal e municipal competentes. O documento considera a evolução da doença viral nos últimos anos.
Segundo a municipalidade, o vírus é transmitido pela fêmea do mosquito e há quatro sorotipos distintos, porém intimamente relacionados (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). "No momento, o sorotipo DENV-1 é o que está circulando no município", destaca.
"Todos precisam colaborar no combate à dengue. Mantenha seu quintal longe dos criadouros e, em caso de sintomas, procure sua unidade de saúde de referência", pede a secretária municipal de Saúde, Franciele Anselmo.
Conforme a Prefeitura, a Vigilância Epidemiológica foi notificada a respeito de um primeiro óbito ocorrido em 8 de fevereiro, tendo como suposta causa a dengue. No entanto, de acordo com o órgão, não há registro de atendimento em nenhuma unidade básica de saúde do município, inclusive na Santa Casa, nem de exames que atestem a doença para o paciente.
"Devido a isso, a Secretaria de Saúde realiza todas as investigações pertinentes ao caso, seguindo as orientações recebidas pelo Grupo de Vigilância Epidemiológica de Marília [SP]. Após o levantamento de toda a documentação, ela será encaminhada para São Paulo para que o caso seja encerrado e emitido o parecer atestando ou não a causa do óbito como dengue", explica.
A segunda morte suspeita ocorreu na segunda-feira. A amostra foi coletada e encaminhada ao IAL (Instituto Adolfo Lutz). A Vigilância Epidemiológica aguarda o resultado.
A administração explica que, em relação ao protocolo de atendimento, o paciente deve seguir para a sua unidade de saúde de referência, onde, dependendo da situação clínica, receberá a hidratação e fará a coleta do exame de sangue para a sorologia. Uma nova medida é o custeio dos exames a cargo do município. Desta forma, as amostras não são mais enviadas para o Instituto Adolfo Lutz de Marília, o que possibilita resultados mais rápidos.
Como uma forma de apoiar o pronto-socorro nos atendimentos, o Postão (Centro de Saúde) ganhou um espaço especial para o atendimento à dengue, com horário ampliado das 7h às 20h durante a semana e serviços médicos e de hidratação. De sábado a terça-feira, final de semana prolongado de carnaval, será realizado plantão das 8h às 15h para atendimento dos casos suspeitos.
O município completa que as ações de casa em casa continuam. "Os agentes comunitários de saúde e de controle de vetores realizam visitas às residências para a eliminação dos criadouros do mosquito", pontua.