Coluna visitou Corinthians de Venceslau

Toninho Moré

COLUNA - Toninho Moré

Data 02/06/2023
Horário 03:33

Nossa coluna fez uma visita ao Parque São Jorge, o Corinthians de Presidente Venceslau. Em poucos minutos fui informado das muitas coisas que estão acontecendo no clube nos últimos meses.

PRESENÇA DE VISITAS
Logo que cheguei vi que um dos diretores estava com visitas e explicando quais são as dificuldades enfrentadas. No momento, o Corinthians de Presidente Venceslau não recebe verbas governamentais e vive de um faturamento pífio, que não lhe oferece condições apropriadas para manutenção e muito menos de investimentos.

DÍVIDA ANTIGA
O Corinthians sofre com problemas financeiros desde sua última passagem pelo futebol profissional. Devia para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), quase perdeu o patrimônio e agora vive o final de um acordo extenso através de um Refis (Programa de Recuperação Fiscal) com o Instituto de Previdência.

TRABALHO COM CRIANÇAS 
A diretoria vai mantendo o clube às duras penas e investe no ensino de futebol para crianças. O professor Caio Pinna mantém no local uma clínica de futebol e o técnico Zezão cuida e mora no clube, além de ser o professor esportivo das categorias de base formadas por jovens que não pagam nada para treinar.

FATURAMENTO
O dinheiro que mantém o patrimônio apto para atividades vem de aluguéis do campo e do prédio utilizado por uma quitanda de frente ao clube. O faturamento fecha com uma pequena quantia que vem de colaboradores do grupo de veteranos, que usa o campo para amistosos aos sábados.

AMOR AO CLUBE
O presidente do Corinthians é Adilson Pezão, um apaixonado pelo futebol e pelo clube. É um tipo de relação de amor. Pezão é visto com frequência amarrando cercas, arrumando algo ali e aqui e cuidando do gramado. Numa breve conversa, ele disse: “precisamos aumentar o nosso ganho para poder investir”.

IMPORTÂNCIA SOCIAL 
Não dá para retirar do Corinthians a sua participação social. Governos municipais não lhe dão a importância devida. Olham de esguelho para seu aporte financeiro, mesmo ali tendo diversas crianças e jovens sendo iniciados no esporte, algo extremamente louvável para o futuro de famílias venceslauenses.

IMPORTÂNCIA ESTRUTURAL 
Governos lhe dão as costas, mas correm atrás do clube quando precisam ampliar sua capacidade física para receber inúmeros jogos ao mesmo tempo.

JÁ FOI CLUBE SOCIAL 
Um prédio de madeira e cupins foram as causas da atual diretoria acabar com a sua sede social. Estava tudo desabando e virando perigoso, especialmente para as crianças que frequentam o local. Retiraram o barracão e o espaço está lá, à espera de verbas para uma sede nova. Foi neste velho prédio de madeira que o Corinthians atuou na sociedade venceslauense, realizando grandes bailes, inclusive, carnavalescos.

HISTÓRIA DE TODOS
São muitos os homens que viveram emoções no Corinthians de Presidente Venceslau. Quem jogou futebol na cidade, passou em algum momento pelo campo do Corinthians. Jogos memoráveis. Grandes craques regionais. Disputas amadoras ou profissionais. Esse clube venceslauense foi o único que conseguiu permanecer na região, resistir ao tempo e manter sua história.

UMA ATENÇÃO MAIOR 
Diante de tantas dificuldades, o Corinthians e sua diretoria merecem maior atenção de toda a nossa sociedade. A construção de uma arquibancada. Um arranque para a construção da nova sede social. A melhoria de vestiários. A preservação de seu espaço e olhar mais atento a uma de suas preciosidades, a “seringueira” decenária.

MAIOR ÁRVORE DA CIDADE
Não conheço nenhuma árvore maior do que a seringueira do Corinthians na cidade e mesmo na região. É grande, muito grande. Sua estrutura de troncos ultrapassa tranquilamente os 25 metros quadrados. Um estudo botânico, a descoberta de sua idade e a discussão de seu tamanho podem se torná-la um atrativo educacional e até turístico.

ENDEREÇO NOBRE
Lembramos ainda que o Parque São Jorge tem um endereço nobre. É bem localizado. Com o tempo, a cidade o abraçou. É perto de tudo e seu patrimônio vale muito. Por isso e pelo que lembramos aqui trata-se de uma joia venceslauense.

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