Desativado em 2010, o antigo Clube Laranjeiras, localizado no quilômetro 1 da vicinal intermunicipal Ângelo Grisani, em Pirapozinho, chama a atenção dos munícipes quanto à presença de duas piscinas com água pela metade, o que, segundo eles, "tornam-se um ambiente propício para a proliferação do mosquito
Aedes aegypti – transmissor do vírus da dengue, do chikungunya e do zika vírus. Entretanto, de acordo com o Decen (Departamento de Controle de Endemias), da cidade, e confirmado pelos proprietários do clube, a cada 10 dias uma análise é realizada no local e, até o momento, "nenhum foco transmissor foi encontrado".
Como constatado pela reportagem na manhã de ontem, a área, de aproximadamente três alqueires de extensão, conta com uma piscina de 1.250 metros quadrados, com um tobogã, e outra de 144 m², bem como um campo com vegetação rasteira e uma residência, onde moram os proprietários do local.
Questionado, um dos donos, Pedro Soterroni, é categórico ao dizer que "o local está desativado e não abandonado" e informa que medidas de prevenção, como a criação de peixes nos citados tanques, sobretudo com a atenção da limpeza em toda dimensão do território, "estão devidamente sendo tomadas, desde o encerramento das atividades, há seis anos".
Sobre a possibilidade da retirada da água, Pedro esclarece que "com a ausência da mesma, toda estrutura da piscina pode ser comprometida", entretanto, reafirma o compromisso com os cuidados periódicos. "Da mesma maneira que em todo município, a Vigilância Epidemiológica acompanha de perto esta propriedade", reforça.
Segundo o coordenador do Decen, André Martins, por se tratar de uma propriedade particular, em perímetro urbano, as "ações de combate devem ser ainda mais incisivas", sendo assim, explica que além da criação de alevinos, alguns produtos químicos são depositados na água, sobretudo, aos arredores das piscinas. "De janeiro até o momento, registramos três casos de dengue em todo o município e, mesmo não tendo ligação com este ambiente, procuramos manter a baixa incidência", aponta.
Preocupados
Apesar das precauções, o lavador de autos Rafael Alexandre dos Santos, 28 anos, relata que "muitas pessoas se preocupam" com a situação do clube. Segundo ele, por se tratar de uma estrada intermunicipal, os pedestres utilizam esta via para a prática de exercícios, como a caminhada, por exemplo. "O visual nos transmite uma sensação de insegurança, principalmente para aqueles que frequentam as proximidades diariamente", diz.
Opinião compartilhada pelo mecânico Pedro Henrique Pereira Teixeira Chaves, 18 anos. "Enquanto estão controlando tudo bem, porém, se perder o controle teremos muitos casos", observa. É o que também comenta a aposentada Mariana Mendes Gusmão, 75 anos. Segundo ela, os dados divulgados pela imprensa quanto a crescente de casos de dengue proporciona um "estado de alerta" para toda região, principalmente em recintos como o exposto. "Estamos todos preocupados", expõe.