Cido Oliveira aborda contextos históricos em exposição de telas

28 obras revelando no “Impressionismo”, a Paris de 1910, e outras que representaram o centenário de Presidente Prudente podem ser apreciadas no Prudenshopping até o dia 12 de agosto

VARIEDADES - SANDRA PRATA

Data 17/07/2018
Horário 06:00
José Reis -
José Reis -

“Sem arte a existência não tem sentido”, diz Cido Oliveira, 52 anos, autor dos 28 quadros expostos até o dia 12 de agosto, no Prudenshopping, em Presidente Prudente. De suas cinco décadas de vida, o artista plástico tem a pintura como exercício profissional diário há 40 anos, sendo 20 destes dedicados exclusivamente ao “Impressionismo”, nome da mostra. Movimento este, segundo ele, que revolucionou a pintura no século 20 e trouxe grandes nomes como Vicent Van Gogh – uma de suas principais influências.

Além de apreciar, quem tiver interesse em levar uma das obras, em tamanhos de 40x50 até um metro, de Cido Oliveira para adornar sua casa, escritório ou outro ambiente, todas estão à venda com valores que variam entre R$ 600 à R$ 2.200.

O artista explica que embora as telas sejam voltadas a retratar a capital francesa, Paris em 1910, ele abre exceções na exposição e traz também quadros que remetem cidades históricas do Brasil como Ouro Preto (MG) e Paraty (RJ).

“Sobre a exposição em específico, reuni obras que agradam todo tipo de público. A finalidade é fazer com que os observadores contemplem a natureza e a aura de liberdade que as telas querem passar. Principalmente as de Paris, que são recortes do tempo. Isso é o bonito da arte, poder ver a cidade como era em 1910 por meio da arte da pintura. O tempo passa, as coisas mudam, mas a arte perpetua. Na mostra tem algumas telas, quais participaram em setembro de 2017, da exposição em comemoração ao centenário.”, destaca o artista.

Impressionismo: Paris de 1910 está estampada em cores e texturas

José Reis -28 telas convidam o público a fazer uma viagem no tempo

Construção da identidade

Segundo o artista, percebeu “o dom que recebeu de Deus” logo cedo, aos 12 anos. Nesta época começou a esboçar desenhos, fazer pequenos quadros para família e amigos, entretanto, sem nenhuma pretensão de ganhar dinheiro, “queria apenas de exercer o que gostava”.

O tempo passou e com ele uma evolução gradativa entre diversos estilos de pintura até que, ao traçar as primeiras características da arte impressionista, se encontrou. “Todo artista constrói sua identidade, encontrei a minha com o impressionismo. Gosto do estilo de deixar as pinturas com texturas, tenho facilidade com o movimento. E outra coisa que cultivo é a admiração pelos artistas passados, Van Gogh, Oscar-Claude Monet, gosto da diversidade de cores, da ideia de fazer um resumo visual da realidade e passar para a tela”, explica o artista.

“A finalidade é fazer com que os observadores contemplem a natureza e a aura de liberdade. Principalmente nas de Paris. Isso é o bonito da arte, poder vê-la, lá em 1910, pela pintura. O tempo passa, as coisas mudam, mas a arte perpetua”

Cido Oliveira

Artista plástico

 

José Reis - Obras que homenagearam os 100 anos de PP também estão expostas

Arte é vida, na vida!

Segundo Cido, vivemos em meio a arte e nosso mundo se constrói aos arredores das mais diversas possibilidades de expressões artísticas. “Tudo que se vê tem arte, na maneira de fazer o cabelo, na roupa que vestimos, o carro que temos foi produzido por alguém, um artista, um desenhista, e tem pessoas que nasceram para fazer esse intermédio. Essa é a função do pintor trazer a arte inserida na rotina para o conhecimento das pessoas”, pontua.

Por isso, não sabe ao certo de onde veio sua ligação com este universo, ao que parece sempre esteve inserido em sua alma. Com isso, ele criou sua própria forma de desenvolver as obras. “Gosto de utilizar espátulas ao invés de pincéis para preservar a textura da pintura, além disso, não trabalho por mais de um dia em uma única tela”, ressalta.

Sobre o impressionismo, Cido ressalta ainda que se trata de uma arte pensada para ser produzida rapidamente. “A ideia desse tipo de pintura é trazer resumos das imagens, o artista escolhe pontos principais do cenário e passa os mesmos para a tela. Sendo assim, não existe a possibilidade de pintar o nascer do sol durante muito tempo levando em conta a alteração de luz que o cenário sofre com o passar das horas. Um quadro que retrate a manhã, não pode continuar sendo pintado ao anoitecer...”, enfatiza o pintor.

 

 Arquivo - “Sem arte a existência não tem sentido”, diz Cido Oliveira

Publicidade

Veja também