É certo que em 49 anos muita coisa mudou em Presidente Prudente. Para se ter ideia, a população mais que dobrou: no início da década de 1970 eram 105 mil habitantes; 10 anos depois aumentou para 137 mil e, hoje, estima-se 231.953 munícipes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Boa parte das mudanças ocorridas está relacionada à educação, visto que a cidade se tornou referência acadêmica. Neste domingo, 3 de outubro, a Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), maior instituição de ensino superior da região, completa 49 primaveras em Prudente, com mais de 110 mil profissionais formados e 1,3 milhão de atendimentos à comunidade.
Além dos dois campi prudentinos, a universidade também está em Jaú e Guarujá. Em todas essas regiões, constata-se que a presença acadêmica muda o cenário local. Até o momento, já são mais de 1,3 milhão de atendimentos de extensão, 3,1 mil projetos, e mais de 120 mil atendimentos de programas itinerantes de saúde. “O nosso compromisso sempre é oferecer a melhor experiência de aprendizagem aos nossos alunos. Esta experiência é praticada em um ensino de qualidade, pesquisa avançada, inovação e extensão que promove saúde, bem-estar e responsabilidade social com toda nossa comunidade. Unoeste é isso: a certeza da melhor formação que gera carreiras de sucesso!”, destaca o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, Dr. Adilson Eduardo Guelfi.
Foto: Ector Gervasoni
Em funcionamento desde a década de 1980, campus 2 é um dos cartões-postais de Presidente Prudente
Ainda na área da saúde, a universidade oferece atendimentos tanto em parceria com prefeituras, quanto em suas clínicas-escolas, como as de Fisioterapia, Odontologia, Nutrição, Psicologia, Fonoaudiologia, Estética, bem como no Ambulatório Médico. Somando os atendimentos realizados em todos estes locais, é maior que duas cidades de Presidente Prudente: mais de 575 mil. Tem ainda o Escritório Jurídico e o Hospital Veterinário, o maior da região, e que em seus 31 anos de funcionamento já atendeu mais de 80 mil animais. A universidade também foi a responsável por construir o Hospital Universitário, hoje Hospital Regional (HR). Um projeto ousado do professor Agripino de Oliveira Lima Filho (em memória) que hoje é um dos principais do Estado paulista.
Fotos: Ector Gervasoni
Clínica de Odontologia da Unoeste já realizou mais de 80 mil atendimentos à comunidade
Clínica de Fisioterapia da Unoeste é uma das estruturas que contemplam a população
Com mais de 110 mil profissionais formados e uma comunidade acadêmica em torno de 18 mil pessoas, entre alunos e funcionários, a Unoeste contribui para levar os nomes de Presidente Prudente, Jaú e Guarujá Brasil afora. Afinal, a universidade também está em mais de 100 cidades com a EAD (educação a distância), além do polo internacional no Japão.
Atualmente, são mais de 100 graduações presenciais e a distância, mais de 140 cursos de pós-graduação, bem como mestrados e doutorados. O pró-reitor Acadêmico, Dr. José Eduardo Creste, salienta que a universidade está sempre atenta às necessidades do mercado regional e nacional para a abertura de novos cursos, com base em pesquisas de mercado, indicadores socioeconômicos da região por meio da demanda do país. “Temos cursos que identificamos como importantíssimos para o crescimento econômico do oeste paulista, e também abrimos áreas que antes só eram oferecidas em grandes centros; assim, nossos jovens não precisam mais sair da região para estudar”, explica.
O Decreto 71.190, de 3 de outubro de 1972, que autorizou a Faclepp (Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente), da Apec (Associação Prudentina de Educação e Cultura), era apenas o impulso para uma grande história iniciada pelos professores Agripino (em memória) e Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima. As três licenciaturas precursoras – Estudos Sociais, Letras e Pedagogia – abriram caminhos para novas graduações ano a ano, contemplando todas as áreas do conhecimento.
Vale destacar que o campus 1, por exemplo, chegou ao Jardim Bongiovani quando aquele bairro tinha somente o Tiro de Guerra. Populares contam que em 1972 a cidade terminava, praticamente, no Parque do Povo. Foi depois da inauguração do primeiro prédio que a região começou a ganhar forma e em pouco tempo se tornou uma das principais do município.
Já o campus 2 estava localizado em uma extensa área rural na década de 1980. Anos depois, tornou-se quase que uma cidade a parte, entre Prudente e Álvares Machado. O seu Irio Miola, responsável pela marcenaria da Unoeste, lembra bem como era a região. “A marcenaria era no Jardim Bongiovani, mas em 1983 fomos para o campus 2, onde existia apenas o Salão do Limoeiro e o Transportes. Falamos para o sr. Agripino: lá não tem nem energia! Ele disse: ‘vocês estão preocupados com isso? Vou construir uma cidade ali’. E fez. Vi tudo isso crescer. Chegamos a ter 72 funcionários na marcenaria, pois além dos campi, tínhamos que mobiliar o Hotel Escola e o Hospital Universitário”, lembra emocionado.
Há décadas, a universidade vem fortalecendo seu reconhecimento como umas das principais instituições do país. Inclusive, com a última divulgação do Índice Geral de Cursos do MEC (Ministério da Educação), renovou sua posição do ranking de melhores universidades particulares: é a 2ª do Estado paulista e está entre as 10 melhores entre públicas e privadas.
O sonho do professor Agripino e Dona Ana, de transformar vidas por meio do conhecimento, permanece ativo e cultivado por seus filhos netos. “É com muito orgulho que seguimos os ensinamentos dos nossos pais e damos continuidade neste trabalho que eles tanto se dedicaram. É gratificante presenciar o quanto a educação muda a vida das pessoas e que também mudou a minha vida, dos meus irmãos, filhos e sobrinhos. Afinal, aqui nós também estudamos e formamos nossos filhos”, relembra o diretor geral da Apec/Unoeste, Dr. Augusto Cesar de Oliveira Lima, egresso da 1º turma de Odontologia (1974-1977) e Medicina Veterinária (1999 a 2002).
Fotos: Ector Gervasoni
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