Praticadas socialmente, como forma de entretenimento, e também competitivamente, a dança de salão tem sido cada vez mais procurada por pessoas de todas as idades. Em Presidente Prudente, a Companhia de Dança Ricardo Gimenez se destaca pelos anos de atividades no ramo e, nesta sexta-feira, a partir das 19h, fechando o semestre, realiza mais um baile de formatura com quatro grupos, totalizando 110 alunos. O evento será na sala principal da escola, localizada na Associação Prudentina de Esportes Atléticos (Apea), com aula prática,
showde dança e entrega de certificados. O convite custa R$ 15. Após a formatura, todos continuam a festa no baile da Sexta Apeana, no Salão dos Espelhos, a partir das 22h.
Em PP, ritmo sido procurado por pessoas de todas as idades
De acordo com o professor Ricardo Gimenez, "mais que uma data de formação, este momento tem como objetivo, desde o início, reunir todas as turmas para juntas passarem momentos mágicos, bailando sobre o salão", confessa.
Para quem não conhece o gênero, o
personal dancer explica que este se refere a vários tipos de danças executadas por um casal de dançarinos, como o forró, o samba de gafieira e o maxixe, danças tipicamente brasileiras, além de outras tantas como o soltinho, o bolero, o tango, o
zouk, a lambada, a salsa e por aí vai.
A companhia encerra as atividades do semestre no dia 12 e retorna na primeira semana de agosto, com novas turmas. Interessados já podem fazer suas inscrições na escola. Conforme Gimenez, neste período de recesso, os professores e também alguns alunos participarão de cursos de capacitação em São Paulo, com Jayme Arouxa, Carlinhos de Jesus e Ivaldo Bertazzo, e estarão no Festival de Dança em Campos do Jordão (SP) e Fortaleza (CE). "Queremos voltar no próximo semestre ainda melhor, mais qualificado para darmos continuidade de uma forma ainda mais especial", ressalta Gimenez.
O profissional
Ricardo Gimenez explica que
o
personal dancer é um dançarino contratado para tirar as pessoas para dançarem. E o faz com várias durante toda a noite, com a ideia de fazê-las se divertirem. Ressalta ainda que pode este também ser contratado por uma pessoa ou um grupo pequeno de três ou quatro damas para se apresentar por três ou quatro horas. "A demanda hoje é muito grande, então as escolas estão trabalhando bastante para formar estes profissionais, para que os interessados aprendam a dançar facilmente. E o legal é que algumas delas pegam bem rapidamente", acentua.
Há 11 anos nesta profissão, Gimenez é um estudioso dedicado dos ritmos da dança de salão. Atualmente se entrega a um grupo de 200 alunos em Presidente Prudente, São Paulo, Maringá (PR) e Joinville (SC). Gimenez pontua que quando criou a companhia, mais que ensinar a dançar, sempre desejou mostrar a comunicação entre os corpos, a necessidade de superação e o reencontro do ponto de personalidade com a autoestima.
"Fui uma criança dançante e desde sempre resolvi me dedicar à dança. Primeiro com sapateado e depois com o salão", lembra.
No Campo Belo Recort e na Apea, atua desde 2000, onde começou por em prática as várias dinâmicas dos seus cursos. Ele é formado em Dança e Coreografia pela Faculdade Anhembi Morumbi, em São Paulo, Tango, Dança na Universidade de Tango, em Buenos Aires e no Bolshoi do Brasil, em Joinville; Valsa e Ritmos Medievais na Áustria, Viena e na Alemanha em Berlim. Além de formação específica em ritmos brasileiros com Carlinhos de Jesus e Jayme Arouxa.
Desde 2010, Gimenez faz parte de um grupo de estudiosos do tango de salão no Teatro do Bolshoi, em Santa Catarina, que é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), o que o levou a vários cursos e
workshops em Buenos Aires, na Argentina. No ano passado, ele conclui este curso. "Nesta divina aventura, pude mesclar atividade física, diversão e terapia grupal em movimentos dançantes. Minha vida se resume basicamente nisso: na dança", conclui.
Dança de Salão
Gimenez relata que de acordo com pesquisas por ele realizadas, a dança de salão nasceu nos bailes das cortes reais europeias, se concretizando na corte do Rei Luís XIV, na França. Ele comenta que nesta arte, a imponência dos corpos é extremamente expressiva, destacando o abraço lateral, numa postura clássica, ereta e com o torso fixo, como no balé.
Nas Américas, a dança de casais chegou com os colonizadores, onde múltiplas variedades surgiram à medida que se misturava às formas populares locais, como o tango na Argentina; maxixe, que deu origem ao samba de gafieira, no Brasil; a habanera, que revelou diversos ritmos cubanos, como a salsa, o bolero e a rumba, entre outros.
Nos Estados Unidos, o
swing surgiu com grupos negros que dançavam ao som do jazz, no início dos anos 20. Sendo os primeiros passos o
charleston e o
lindy hop, que deram origem a vários outros tipos de danças como o
jitterbug, o
balboa, o
west coast swing e o
east coast swing. "A nossa versão semelhante a este ritmo é o soltinho", menciona.
Gimenez, apaixonado que é pela dança, enaltece a mesma e afirma ser a melhor atividade física. Chegando o indivíduo a queimar 700 calorias em uma hora. Além disso, as pessoas que têm o hábito de dançar em salões apresentam uma mudança significativa de comportamento. "Elas se tornam menos tímidas, mais confiantes, se sentem mais motivadas a sair com os amigos. Enfim, se mostram muito mais felizes e realizadas".
Na moda
Os motivos pela procura da dança de salão entre os homens e mulheres são diferentes. Elas buscam uma atividade prazerosa que possa aliviar as tensões do dia-a-dia. Eles geralmente vão quase que obrigados por elas. Já os solteiros desejam conhecer pessoas novas ou perder a timidez.
Gimenez comemora quando diz que a dança de salão está totalmente na moda e incentiva quem nunca se arriscou a dar uns passos a fazê-lo já. "Tem vontade de aprender? Procure logo um curso de dança de salão. No começo pode parecer difícil a sincronização dos passos com os do parceiro. Mas dentro de três meses você já estará fazendo bonito e o melhor, sentindo no corpo uma diferença bem grande", realça.
