BRASIL, A BOLA E A PAZ
É mesmo uma pena que a nonotecnologia com todas as suas variantes e utilidades não tenha encontrado ainda a fórmula para resolver os problemas do planeta bola num esférico que talvez seja o objeto mais movimentado em toda essa pequena parcela que nos cabe na imensidão universal. Sonhar é possível, mas... devagar que o esférico mesmo não sendo mais de couro não tem esses poder mágico e utópico. Mas... se até na Síria a bola continua rolando? Um novo Brasileirão já começou e na atualidade o futebol tornou-se o grande sustentáculo da televisão e o que de melhor poderia acontecer seria ele trazer paz para a humanidade. E para o nosso país, evidente. O governo de Michel Temer completou 1 ano. Governo difícil, questionável em todos os quadrantes desde que o atual presidente vestiu a faixa presidencial. A propósito, vestiu ou não vestiu? Os questionamentos e a crise política assomam a cada dia com novos fantasmas que unidos aos problemas econômicos mais impedem que a governança do país se faça sem tantos desequilíbrios e equívocos. Pior que isso é só sabermos que tais situações se repetem por aqui desde a Independência, Regência e outros períodos democráticos ou não. Só mesmo a grandeza do país permite que o barco, mal e mau, vá navegando. Que se consiga, mesmo que de forma pálida, vislumbrar no horizonte o sinal de que algumas luzes vão se acendendo. Enquanto os processos políticos não chegarem a uma posição que permita um apaziguamento e principalmente uma harmonização dos espíritos essa instabilidade não será ultrapassada no seu todo. Evidente que com todas essas dificuldades e que não podem estar contidas num rápido comentário continuo nutrindo minha confiança nos destinos brasileiros. Quem sabe, dentro de um tempo que não seja por demais alongado possamos estar analisando como esta crise, a maior delas todas, pode ser vencida pelo bem e pela salvação nacional. Se tantas dúvidas nossos políticos nos proporcionam, a grandeza da Pátria me impulsiona a continuar acreditando na mesma. Com julgamentos, prisões, condenações, delações, a dissensão entre os brasileiros é a passagem de bastão mais difícil nessa intrincada corrida de revezamento que estamos enfrentando. Para vencê-la temos que desarmar os espíritos e pensar no país, na Pátria comum que nos chama à razão. Enquanto houver ódio entre os brasileiros, enquanto a nação estiver dividida não haverá futebol suficiente para que a luz finalmente brilhe com intensidade no fim desse imenso túnel. Mas ... esse dia chegará.
Flávio Araújo, jornalista e radialista prudentino escreve aos domingos neste espaço.