Chaminé e galpões da Sanbra, em PP, devem ser revitalizadas

Local faz parte da história econômica do município e emocionalmente toca muitos prudentinos pelo saudosismo e a nostalgia de uma época; Comudephaat deve ser acionado esta semana

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 15/03/2017
Horário 10:17
 

Para aqueles que são emocionalmente tocados pelo saudosismo e a nostalgia de uma época, por meio de lembranças que retornam aos pensamentos ao passar por um lugar que lhes trazem alguma recordação, eis uma boa e agradável notícia: o governo de Presidente Prudente estuda assumir e revitalizar um dos marcos dessa cidade: a chaminé e os galpões da antiga termoelétrica da Sanbra (Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro). Na segunda-feira, o prefeito Nelson Roberto Bugalho (PTB) e o titular da Secult (Secretaria Municipal de Cultura) José Fabio Sousa Nougueira estiveram no local avaliando as condições físicas e projetando o que pode ser feito naquelas instalações, naquele espaço tão admirado e apreciado por muitos prudentinos.

Jornal O Imparcial Chaminé da Sanbra está em um espaço admirado por muitos prudentinos

De acordo com o secretário, a chaminé da Sanbra é a quinta e última edificação de valor histórico, que existia a possibilidade da prefeitura assumir, fazer a revitalização e implantação de uma programação para o uso. Os outros foram: o Museu e Arquivo Histórico Prefeito Antonio Sandoval Netto, a Estação Ferroviária, o Centro Cultural Matarazzo e o IBC Centro de Eventos. "Acredito que com as instalações da antiga Sanbra fechamos este ciclo! A ideia vai além da preservação da estrutura por seu valor histórico, urbanizando e transformando os galpões da Sanbra em um espaço de lazer e cultura para a população, em um lugar que dá acesso ao centro comercial da cidade, e que atualmente está praticamente abandonado", frisa o secretário.

Dentre tantas ideias geniais que podem ser concretizadas naquele lindo lugar, Fabio pensa em uma grande praça para acolher as pessoas, um prédio para sediar eventos artísticos e culturais. Um ponto para abrigar cursos de dança. Ou seja, mais um atrativo turístico de Presidente Prudente para seus munícipes e visitantes.

 

Quase lá!

O secretário explica que o primeiro passo para concretizar o projeto imaginado é proceder ao tombamento da chaminé e dos galpões. E essa é uma responsabilidade do Comudephaat (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), qual será procurado ainda nesta semana para dar início ao processo.

"A sequência é o tombamento e as negociações para a doação ao município. Depois a elaboração do projeto de revitalização, para termos os custos. O tombamento é uma ação do conselho e cabe ao governo municipal o aceite ou não do processo. O Nelson já se manifestou favorável. Estamos empolgados com mais esse desafio proposto pelo prefeito. Foi assim com a Estação Ferroviária, o Matarazzo e o IBC. Desafios me movem!", exclama feliz o secretário de Cultura.

 

Valorização histórica...

Conforme o presidente do Comudephaat, Josué Pantaleão da Silva, tal fato ocorrendo é mais um ponto histórico de um valor imenso que faz parte de décadas e décadas para a população. "É parte da história de um povo. História de um local que pode ser narrada para os nossos filhos, netos e que eles podem observar e imaginar como era, qual a representatividade para a cidade", acentua Josué.

Conforme o conselheiro municipal, muitas pessoas não sabem o que é um tombamento e quando tomam ciência de que um prédio, uma casa, ou seja, qualquer edificação venha a passar por este processo vai lá e destrói tudo.

"Existem outros locais qual não divulgamos para evitar que alterações ou até demolições sejam feitas antes da efetivação do tombamento. Me prontifico a explicar a quem desconhece, o que é um tombamento. Existe todo um processo de documentação e pesquisa extensos. É preciso verificar o possível patrimônio histórico, levantar dados sobre o mesmo, como fotos antigas, proprietários, atividade exercida, plantas do terreno, entre outros", pontua o presidente.

Após esse passo, as sugestões são levadas ao Poder Executivo que, como já mencionado pelo secretário de Cultura, o prefeito já se manifestou favorável.

Josué diz que é importante salientar que ao se tombar uma edificação não se pode mudar a estrutura da fachada do prédio. Ou seja, toda a sua parte externa. Já na parte interna, tudo pode ser mudado, receber outra roupagem de acordo com o que possa ali vir a ser realizado.

 

 
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