Ocorreu na manhã de hoje em Caiabu a apresentação da Central de Valorização de Resíduos, da Transforma Energia, que acaba de entrar em operação comercial. O projeto é uma alternativa mais econômica para a destinação final dos rejeitos de dezenas de municípios do oeste paulista e indústrias situadas em um raio de 60 km. Com 51 alqueires de espaço para a realização do trabalho e estimativa de processamento de 700 toneladas ao dia, a empresa chega para contribuir e trazer soluções para uma temática já conhecida da região de Presidente Prudente: a dificuldade de se realizar a valorização dos resíduos.
O evento teve início por volta das 9h, na central que fica na Rodovia Salim Farah Maluf (SPA 431/425), km 8,5. De acordo com o presidente executivo da empresa, Felipe Barroso, o projeto tem como objetivo atender ao novo marco regulatório do saneamento de se reaproveitar os materiais ao máximo que se conseguir, destinando aos aterros apenas o que realmente não for possível de ser reutilizado. Nesta iniciativa, são duas frentes que estão em operação comercial.
“Conseguiremos, por exemplo, processar materiais como armários, cadeiras, podas de árvores, colchões e outros que deverão virar uma espécie de combustível para a geração de energia elétrica. Já com os resíduos da construção civil é possível triturar os materiais e transformar em areia ou pedras, que serão reutilizadas no próprio setor da construção”, afirmou Felipe. Já os materiais ferrosos serão vendidos como sucata para a devida reciclagem e destinação final.
A Transforma Energia foi idealizada há dois e acaba de conseguir a licença de operação. Em todo o país, este é o primeiro empreendimento da empresa, que viu no oeste paulista uma ótima oportunidade de instalar um projeto sustentável e duradouro. “A nossa ideia sempre foi dar o devido valor aos resíduos, recuperando-os, e contribuir com o meio ambiente. Temos um papel social também, visto que contratamos pessoas que estavam em situação de vulnerabilidade social no município, capacitando elas e dando a oportunidade do trabalho”.
Sobre a escolha da região, Felipe lembrou que essa é uma área considerada como “zona vermelha” pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), pelos problemas antigos com relação à vida útil dos seus aterros e também com a problemática da destinação correta dos resíduos. “Ou seja, é uma região chamativa para quem quer fazer a diferença. Esse projeto tem previsão de vida útil de 99 anos e estamos bem animados”, finaliza.