O empresário Jorge Matsuda, que faleceu na tarde do primeiro dia do ano, quarta-feira, em São Paulo, foi sepultado nesta sexta-feira, durante manhã chuvosa, no Cemitério Municipal de Álvares Machado, no mesmo túmulo de seus antepassados.
Seu corpo chegou na madrugada de quinta-feira ao salão da Associação Nipo Brasileira, onde foi velado até a manhã de hoje. Quase mil pessoas passaram pelo velório. Durante o dia, foram realizadas várias cerimônias religiosas no local.
Padre Antonio Carvalho, de 74 anos, celebrou missa de corpo presente, na tarde de quinta-feira. Ao iniciar a cerimônia, explicou: “Sou padre em Goiás, mas aqui estou para a última homenagem a Jorge Matsuda, de quem fui funcionário por muitos anos. Era o contador da empresa. Quando tinha 50 anos, pedi demissão e Jorge não aceitava porque dizia que eu era um bom funcionário, que ficaria na Matsuda até ficar ‘gagá’. Expliquei a ele que eu havia recebido um chamado de Deus e decidi seguir a vida religiosa. Então, Jorge me disse, ‘que se era assim, então, tudo bem, para ir em paz e seguir o caminho da luz’”.
O monge Kanno, da igreja Koboji, celebrou os rituais budistas de despedida e recitou textos sagrados, enquanto familiares acendiam velas e incensos.
O féretro rumo ao Cemitério Municipal foi feito com carro funerário acompanhado a pé pelos funcionários do Grupo Matsuda, por cerca de 800 metros. No cemitério, formou-se um grande corredor de amigos e admiradores de Matsuda. Na hora do sepultamento, soltaram balões brancos, enquanto o monge Kanno recitava os textos sagrados do budismo.