O número de ocorrências por embriaguez ao volante reduziu 60% em Presidente Prudente, passando de 280 casos em 2015 para 107 em 2016, apontam dados fornecidos pela Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública).

Para o titular da pasta, Osvaldo Francisco da Silva, vários fatores interferem na redução dos números, que abrangem também as rodovias no perímetro urbano da cidade. "Temos que considerar a atuação da Polícia Militar e Rodoviária que também autuam, além da Semav", afirma. Conforme ele, o trabalho dos órgãos fiscalizadores tem resultado em uma mudança de comportamento pelos condutores de veículos.

No ano passado, a legislação ficou mais rigorosa para quem dirige embriagado

"Há uma grande preocupação em cima da embriaguez ao volante e em relação à presença de bafômetros, além de uma maior rigidez da legislação, fatores que conduzem a essa mudança na atitude do motorista que afeta não só um índice, mas vários relacionados às ocorrências no trânsito", explica Osvaldo.

Desde novembro do ano passado quem foi pego pela Operação Lei Seca dirigindo alcoolizado ou que tenha se recusado a fazer o teste do bafômetro pagou uma multa muito superior ao valor cobrado anteriormente. De R$ 1.915, o custo da autuação foi para R$ 2.934,70, e a suspensão da carteira de habilitação passou a ser por 12 meses, dobro do período que vigorava até outubro de 2016.

 

Embriaguez ao volante

Quando um motorista faz uma curva e dá "de cara" com uma pessoa atravessando a rua, há um tempo de resposta para que ele consiga frear. Esse reflexo, porém, pode ser até cinco vezes mais lento se ele estiver embriagado.

Isso porque, conforme a médica toxicologista Rita Higa, o álcool funciona como um depressor do sistema nervoso central, que retarda ações como frear, desviar de um obstáculo ou até a percepção do perigo, deixando o condutor mais exposto a acidentes. "Além disso, o álcool também dá sonolência, podendo levar a pessoa a dormir no volante, o que também pode gerar acidentes no trânsito", acrescenta.

 

Dirigindo sem CNH

Os dados da Semav também apontam uma redução de 37% nas pessoas pegas dirigindo sem carteira de habilitação em Prudente: foram 663 casos no ano retrasado contra 412 neste ano. Dirigir sem a CNH é crime previsto no artigo 309 do Código de Trânsito Brasileiro, com pena de detenção de seis meses a um ano ou multa.