À medida que envelhecemos, ficamos mais propensos a certas doenças. As dores aparecem, o cansaço chega, o desânimo vem. Muitos entram em desespero. Preferem se isolar, se trancam em casa, ficam sedentários, se afastam de tudo e todos, como se vida terminasse aos 60 e nada fizesse sentido mais. Existem, porém, pequenas mudanças na rotina, que podem fazer toda a diferença no dia a dia de um idoso. Viajar, conhecer pessoas e lugares, praticar uma atividade física ou até mesmo se dedicar a uma técnica artesanal, curtir a vida, com alegria e entusiasmo. Assim deve ser...
Pensando nisso e neste tipo de público, algumas cidades do país têm oferecido há algum tempo a capoterapia, uma terapia corporal que é baseada na capoeira, mas não utiliza os golpes da luta. É uma dinâmica de grupo, com canções, o berimbau e coreografias simples, tendo como objetivo proporcionar socialização, atividade física moderada para trazer bem-estar, equilíbrio, ritmo e até ativação da memória, através da cantoria de músicas tradicionais. E isso tudo ainda ajuda a combater a depressão.
Pessoas de qualquer idade podem participar. Pois é uma atividade física que não precisa de preparo, diverte, e ainda reduz os efeitos de doenças crônicas nos mais velhos. Não requer esforço físico, recupera a agilidade, e melhora o humor e o sono. Faz bem para o corpo e para a alma.
Em Narandiba, o projeto teve início neste ano, sob o comando do professor Fabrício Ribeiro, com a participação de 60 pessoas, sendo a maioria idosa. No último sábado, o Cras (Centro de Referência de Assistência Social) da cidade, em parceria com o Fundo Social de Solidariedade, promoveu o 1º Encontro de Capoterapia. O evento, que recebeu mais de 150 pessoas, de Mariápolis, Jardim Olinda e Tarabai, contou com diversas atividades físicas. Foi sucesso e com certeza deve servir de exemplo para outras cidades.
Além de sua relevância para o corpo, a saúde e a mente, todos os elementos da capoterapia ajudam também os idosos a serem mais felizes, produtivos e com mais qualidade de vida! Se informe sobre a prática, onde o projeto é desenvolvido, como participar. Se a sua cidade oferece, aproveite!
