Câncer de pele: dermatologista tira dúvidas a respeito da doença 

Murilo Carapeba explica tipos mais comuns, formas de prevenção, aspectos da enfermidade e processo de diagnóstico e tratamento

Saúde & Bem Estar - CAIO GERVAZONI

Data 13/01/2023
Horário 07:10
Foto: Freepik
Ao se expor ao sol é importante se proteger dos raios UV com protetores solares
Ao se expor ao sol é importante se proteger dos raios UV com protetores solares

O câncer de pele é o tipo da doença mais incidente no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos ao ano. Quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura. Recentemente, a doença esteve em pauta por conta do Dezembro Laranja, iniciativa que faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele, realizada desde 2014 pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia). No entanto, principalmente em regiões quentes como o oeste paulista, os cuidados preventivos devem ser adotados o ano inteiro.
A reportagem de O Imparcial conversou com o médico dermatologista e professor de Medicina na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), Murilo Carapeba, a respeito dos tipos mais comuns, formas de prevenção, aspectos da enfermidade e processo de diagnóstico e tratamento do câncer de pele. 

Tipos da doença

Questionado a respeito dos tipos de câncer de pele, o médico explica que há diversas variações da doença, porém, três são as mais recorrentes: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. “Este último é o que possui perfil mais agressivo e grandes chances de metástase [tumor que se desenvolve em outro órgão]”, elucida o dermatologista. 

Causa da doença

Segundo Carapeba, a causa da doença envolve uma série de fatores, entre eles, a exposição aos raios ultravioleta, tabagismo, exposição a alguns agentes químicos, hábitos pessoais e predisposição genética. “A exposição ao sol sem proteção é a principal causa”, pontua. “Alguns fatores dependem exclusivamente dos nossos hábitos, então, para prevenção devemos nos proteger dos raios UV com protetores solares e vestimentas, como chapéu, bonés, camisas com proteção UV, não fumar e ter uma rotina saudável, com alimentação balanceada, ingesta de líquidos e exercícios físicos”, explica o especialista sobre hábitos que podem prevenir a incidência do câncer de pele. 

Como detectar

Conforme a explicação do médico, os cânceres de pele podem ter várias apresentações, mas alguns sinais e sintomas podem ajudar no autoexame. “Por exemplo, uma lesão que demora mais de 30 dias para cicatrizar, uma lesão que coça, que sangra com facilidade, como simplesmente pelo uso de uma toalha, lesões que estão crescendo ou mudando de cor”, descreve 

Diagnóstico e tratamento

O dermatologista relata que o diagnóstico clínico deve ser feito com médico especialista bem treinado e confirmado por exame histopatológico, que consiste numa avaliação, ao microscópio, de um fragmento de tecido para confirmação de um diagnóstico ou hipótese diagnóstica 
Por fim, Carapeba pontua que a conduta e o tratamento vão depender do tipo de câncer e do estágio em que se encontra. “Em geral, o tratamento é cirúrgico e curativo”, finaliza o médico. 

Foto: Cedida

“Exposição ao sol sem proteção é a principal causa”, pontua o dermatologista Murilo Carapeba a respeito do câncer de pele 

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