A taxa de vacinação infantil no Brasil vem sofrendo uma queda importante nos últimos tempos, deixando a população mais exposta a doenças que antes estavam sob controle. Entra ano, sai ano. E é sempre a mesma coisa. As campanhas - sejam elas contra gripe, sarampo ou até mesmo contra a Covid-19, que continua fazendo vítimas no Brasil e no mundo - não surtem o efeito desejado. Nunca atingem as metas nos primeiros prazos dados.
Da mesma forma vem acontecendo com a campanha de vacinação contra a poliomielite, conhecida popularmente como paralisia infantil. Em Presidente Prudente, de acordo com a VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), foram aplicadas na cidade, desde o dia 27 de maio, quando começou a ação, até a atualização de sexta-feira, 3.230 doses. O número corresponde a 31,49% do público estimado em 10.255 crianças, com idade entre 1 e 4 anos. No entanto, a meta é de, no mínimo, 95%.
Com a baixa adesão, a campanha foi prorrogada até o final do mês, em todo o Estado. Parece que já se acostumaram com isso. Não dá para aceitar que os pais ou o seu responsável não façam sua parte. São 29 postos oferecendo as vacinas. Separe a caderneta, um documento pessoal, e compareça à unidade mais próxima.
Falta de informação não há. Desde que foi lançada, a ação é constantemente divulgada neste diário. Não há desculpas. A ida ao posto pode ser feita em diferentes horários, em uma delas, inclusive (a ESF da Vila Marcondes), aos sábados. Até nas escolas da rede municipal a vacinação vem acontecendo. O que falta é conscientização e responsabilidade.
A poliomielite não é brincadeira. É uma doença infectocontagiosa aguda, que pode causar paralisia muscular irreversível nos membros inferiores e, em casos graves, evoluir para óbito. A vacinação é fundamental para prevenção da doença. E o melhor: é gratuita! Pra que esperar? Muito mais do que prejudicar o andamento da campanha, a baixa adesão é uma ameaça à saúde!