Câmara aponta falhas no ambulatório da Expo Prudente e aciona MPE

Relatório final destaca falta de vistoria sanitária e condições insalubres no atendimento médico durante o evento agropecuário realizado em setembro

PRUDENTE - CAIO GERVAZONI

Data 04/12/2024
Horário 18:26
Foto: Cedida/Comissão Especial
Comissão concluiu que ambulatório apresentava condições insalubres e estruturais inadequadas
Comissão concluiu que ambulatório apresentava condições insalubres e estruturais inadequadas

A CE (Comissão Especial) da Câmara Municipal de Presidente Prudente concluiu a investigação sobre supostas irregularidades no ambulatório médico da 61ª Expo Prudente e enviou um relatório ao MPE (Ministério Público Estadual) e também à Prefeitura de Prudente. Entre as principais falhas apontadas está a “falta de planejamento”, que teria comprometido o atendimento médico ao público no Recinto de Exposições Jacob Tosello durante a festa agropecuária, realizada de 12 a 15 de setembro deste ano.

De acordo com o documento, a Vigilância Sanitária Municipal não realizou vistoria prévia no local, o que deixou o ambulatório em condições insalubres e inadequadas para atender emergências. A Prefeitura, em resposta oficial, afirmou que analisará o relatório assim que receber a cópia final para, então, se pronunciar.

Problemas identificados

A comissão, formada pelos vereadores Demerson Dias (Republicanos), presidente da CE; Wellington Bozo (Republicanos), relator que assumiu o cargo após o falecimento da vereadora Mirian Brandão (in memoriam); e Mauro Neves (Podemos), investigou tanto as condições estruturais quanto as condições de trabalho no ambulatório.
Durante a apuração, foram solicitadas diversas informações à Prefeitura, por meio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Entre os pedidos estavam:

•    A escala de plantão dos servidores municipais;
•    Informações sobre equipes de limpeza e fornecimento de alimentação;
•    Laudos de vistoria da Vigilância Sanitária Municipal;
•    Detalhes sobre as condições estruturais do local.

Em resposta, a Prefeitura enviou quatro ofícios, assinados pelo secretário da Sesau, Breno Casari, e pelo então chefe da Seagri (Secretaria de Agricultura), Maurício Nabhan Garcia. No entanto, a Vigilância Estadual de Saúde, acionada pela comissão, informou que não houve solicitação de vistoria do ambulatório e reforçou que essa responsabilidade era exclusivamente da Vigilância Sanitária Municipal.

Irregularidades encontradas

Com base na análise de fotos e informações obtidas através do relato de pessoas que trabalharam no local, a comissão concluiu que o ambulatório apresentava condições insalubres e estruturais inadequadas, como:

•    Pia com vazamentos devido à falta de encanamento adequado;
•    Portas e janelas quebradas;
•    Instalações elétricas com fiação exposta;
•    Paredes úmidas e mofadas.

Além disso, o grupo legislativo apurou falhas no fornecimento de alimentação aos trabalhadores. De acordo com o organizador do evento, houve um “erro na entrega” dos lanches, que teria sido corrigido após as reclamações iniciais.

Cedidas/Comissão Especial

Paredes do ambulatório da Expo apresentaram sinais de umidade e mofo durante realização do evento

Fiação exposta nas tomadas e interruptores do ambulatório

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