A CE (Comissão Especial) da Câmara Municipal de Presidente Prudente concluiu a investigação sobre supostas irregularidades no ambulatório médico da 61ª Expo Prudente e enviou um relatório ao MPE (Ministério Público Estadual) e também à Prefeitura de Prudente. Entre as principais falhas apontadas está a “falta de planejamento”, que teria comprometido o atendimento médico ao público no Recinto de Exposições Jacob Tosello durante a festa agropecuária, realizada de 12 a 15 de setembro deste ano.
De acordo com o documento, a Vigilância Sanitária Municipal não realizou vistoria prévia no local, o que deixou o ambulatório em condições insalubres e inadequadas para atender emergências. A Prefeitura, em resposta oficial, afirmou que analisará o relatório assim que receber a cópia final para, então, se pronunciar.
A comissão, formada pelos vereadores Demerson Dias (Republicanos), presidente da CE; Wellington Bozo (Republicanos), relator que assumiu o cargo após o falecimento da vereadora Mirian Brandão (in memoriam); e Mauro Neves (Podemos), investigou tanto as condições estruturais quanto as condições de trabalho no ambulatório.
Durante a apuração, foram solicitadas diversas informações à Prefeitura, por meio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Entre os pedidos estavam:
• A escala de plantão dos servidores municipais;
• Informações sobre equipes de limpeza e fornecimento de alimentação;
• Laudos de vistoria da Vigilância Sanitária Municipal;
• Detalhes sobre as condições estruturais do local.
Em resposta, a Prefeitura enviou quatro ofícios, assinados pelo secretário da Sesau, Breno Casari, e pelo então chefe da Seagri (Secretaria de Agricultura), Maurício Nabhan Garcia. No entanto, a Vigilância Estadual de Saúde, acionada pela comissão, informou que não houve solicitação de vistoria do ambulatório e reforçou que essa responsabilidade era exclusivamente da Vigilância Sanitária Municipal.
Com base na análise de fotos e informações obtidas através do relato de pessoas que trabalharam no local, a comissão concluiu que o ambulatório apresentava condições insalubres e estruturais inadequadas, como:
• Pia com vazamentos devido à falta de encanamento adequado;
• Portas e janelas quebradas;
• Instalações elétricas com fiação exposta;
• Paredes úmidas e mofadas.
Além disso, o grupo legislativo apurou falhas no fornecimento de alimentação aos trabalhadores. De acordo com o organizador do evento, houve um “erro na entrega” dos lanches, que teria sido corrigido após as reclamações iniciais.
Cedidas/Comissão Especial
Paredes do ambulatório da Expo apresentaram sinais de umidade e mofo durante realização do evento
Fiação exposta nas tomadas e interruptores do ambulatório