Em janeiro, Presidente Prudente registrou um saldo positivo de 199 novos trabalhadores, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho. No primeiro mês do ano, foram 2.984 admissões e 2.785 desligamentos. O destaque ficou para a indústria, com 122 novos funcionários, diante de 537 admitidos e 415 desligados.
O setor de serviços vem na sequência, com resultado de 92 trabalhadores, considerando 1.301 contratações e 1.209 demissões. A construção também ficou no positivo, ao catalogar 309 admissões e 223 desligamentos: saldo de 86 efetivados. Já o comércio, em contrapartida, fechou janeiro com índice negativo de 82 empregos. Foram 793 admitidos diante de 875 demitidos. O mesmo ocorreu com a agropecuária, que perdeu 19 trabalhadores, ao registrar 44 contratados contra 63 desligados.
O resultado positivo de janeiro foi uma surpresa para o diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), em Prudente, Itamar Alves de Oliveira Jr., o qual explica que o setor geralmente realiza contratações no início do ano, mas nos meses de fevereiro, março e abril. “Esse ano até causou surpresa. Houve um adiantamento nessas contratações? Tomara que elas continuem durante esses próximos meses. A gente tem que aguardar fevereiro para ver se é uma tendência ou se foi apenas o adiantamento das contratações”, aponta.
“Realmente está aquecido o nível de emprego? Sim, está aquecido. Irá continuar? Eu acho difícil. Ou pode se estabilizar, que acho que é a tendência, ou até diminuir, porque o investimento está ficando cada vez mais caro, a taxa de juros está muito alta e isso inibe investimentos e novas linhas de produção”, avalia o diretor regional do Ciesp. “Então, eu acho difícil a gente continuar no mercado aquecido. Eu acho que isso aí deve, ou estabilizar, ou até diminuir”, considera Itamar.
No que diz respeito ao desempenho do comércio, a Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente) informa que as contratações temporárias de fim de ano, no setor, expiram em janeiro. Ainda que cerca de 20% desses trabalhadores tenham sido efetivados pelas empresas, considerando esse contexto de vagas temporárias, os desligamentos superam as contratações no início do ano - conforme apurado pelo Caged.
“É a dinâmica do varejo. Porém, vale ressaltar que o comércio foi um dos grandes setores geradores de vagas em 2024, com um saldo positivo de 429 mil empregos, só no Estado de São Paulo. E, certamente continuará dando a sua contribuição, ao longo deste ano”, adianta o presidente da Acipp, Raul Audi Junior.
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Itamar: “Nível de emprego está aquecido, mas pode se estabilizar, que é a tendência, ou até diminuir”
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Presidente da Acipp: “Comércio foi um dos grandes setores geradores de vagas em 2024”
