Cafeterias de Prudente falam em reajustes no preço do cafezinho  

PRUDENTE - CAIO GERVAZONI

Data 03/03/2022
Horário 04:35
Foto: Caio Gervazoni
Tradicional cafezinho sofreu reajustes recentes nas cafeterias de Prudente, que também absorvem alta para valor da bebida não ficar ainda mais caro
Tradicional cafezinho sofreu reajustes recentes nas cafeterias de Prudente, que também absorvem alta para valor da bebida não ficar ainda mais caro

As cafeterias de Presidente Prudente até tentaram segurar o reajuste no preço das bebidas que têm o café como base, porém, com as altas consecutivas do insumo, o aumento também recaiu no cardápio dos estabelecimentos. 
A proprietária da cafeteria Cafeteria Grão Seleto, Fernanda Lee, pontua que o estabelecimento teve que readequar os preços das bebidas à inflação mais uma vez. “Até então, nosso último reajuste tinha sido em outubro. Porém, tivemos que fazer mais um reajuste neste mês novamente e não só pelo [aumento do preço do] café, o aluguel também teve um reajuste altíssimo”, relata a empresária que, está na direção da cafeteria há cinco anos. 
Fernanda expõe que a margem de lucro do estabelecimento caiu bastante e que a cafeteria tem que absorver parte da alta para não realizar maiores reajustes nos preços dos itens do cardápio da loja. “A gente acaba sempre absorvendo um pouco. Temos clientes diários. Se refizermos estes aumentos constantemente, o cliente acaba reclamando, achando que está muito caro. O reajuste teria que ser de 20% em relação há três meses, então, a gente reajustou 10% e absorveu 10%. Então, o que estamos vendo é nosso lucro indo embora”, comenta. Uma xícara de café expresso na Grão Seleto pode ser encontrada por R$ 5,90 atualmente. 
Para o proprietário do Urban Café, Bruno Passo, que utiliza grãos especiais no preparo das bebidas, trabalhar com café sempre foi muito caro, porém, recentemente, a alta dos produtos também impactou nos valores que são repassados aos clientes. “A gente sente mesmo a paulada. Seguramos os preços até o final do ano passado, no entanto, não teve como. Para manter o quadro de funcionários, pagar o aluguel que também subiu bastante, foi preciso repassar”, expõe Bruno. 
Roberta Cristina dos Santos Fazioni abriu o Dubrownie Café há três meses e narra que aguardou a transição de mês para poder reajustar o valor do tradicional cafezinho coado. “Olha, não tem como. Tentei segurar o valor, porque assumi o estabelecimento recentemente, por isso esperei a virada de mês para fazer a mudança. Na verdade, tudo teve um aumento muito brusco. No começo do ano, acabei não repassando no cardápio, no entanto, não teve como”, enfatiza Roberta. Ela também conta que o público da cafeteria é variado e terá que fazer os cálculos para que o reajuste seja minucioso e não afaste os clientes. 
“Atendo um público tanto de médicos, quanto de pessoas de classe mais baixa, que dependem do SUS [Sistema Único de Saúde]. Eu fico pensando, como vou cobrar R$ 4 de uma pessoa que chega aqui e não tem condições em pagar esse valor num copo de café? Ao mesmo tempo que penso como empresária, também penso como ser humano. Enfim, difícil viu...”, completa. 
 
SAIBA MAIS

“Tendência é aumentar ainda mais”, pontua agrônomo da Cati sobre preço do café

Publicidade

Veja também