Antes de mais nada, vamos entender o conceito de cadeia produtiva. Trata-se de um conjunto de atividades, que vai desde a produção até o consumo final de um produto e sua colocação no mercado.
Nossa região tem forte propensão para o desenvolvimento do agronegócio, haja vista, a vasta área de terras de solo propício e excelente relevo, condições climáticas apropriadas, logística estruturada e, finalmente, a tão esperada segurança jurídica fundiária. Historicamente, já fomos fortes produtores de amendoim, hortelã, carne e até café. Contudo, a região sempre se restringiu a ser exportadora destas commodities.
Atualmente, a cana-de-açúcar, batata-doce, mandioca, soja e, muito embora tenha perdido força nos últimos anos, a produção de carne bovina, continuam sendo um os pilares da agropecuária regional. Mas, a perspectiva de toda produção é a mesma, na maior parte dos casos produzimos e enviamos para fora de nossa região produtos in natura. Produtos estes que poderiam, na forma de uma cadeia produtiva, ter seu valor agregado aumentado exponencialmente, gerando empregos e renda a população do Oeste Paulista.
Verticalizar e transformar estes produtos aqui mesmo em nossa região é a chave para alavancar o desenvolvimento socioeconômico local. Atrair a agroindústria com políticas públicas apropriadas, incentivar o cooperativismo e a união da classe produtora, fomentando a criação de indústrias de beneficiamento e transformação de produtos, bem como criar linhas de crédito capazes de financiar pequenos, médios e grandes investidores da área de alimentação, são os meios que podem mudar este cenário produtivo regional.
Peguemos a batata e a transformemos em cerveja, doces industrializados e outros derivados; margarina e o óleo de soja poderiam ser extraídos por agroindústrias aqui instaladas; a produção bovina industrializada e processada geraria empregos, com maior renda e qualidade de vida. A mandioca, dela provém uma gama tão vasta de produtos que sozinha já criaria uma cadeia produtiva capaz de gerar milhares de empregos. Essa verticalização da produção é fundamental para que possamos agregar valor e gerar maior desenvolvimento.
Na semana passada, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jorge Lima, reuniu-se com diversas lideranças de oito cidades do oeste paulista. Uma de suas menções relatou grandes potencialidades da região, como produção de hortaliças, etanol, biometano e turismo rural. O encontro evidenciou a necessidade de uma colaboração estreita entre o governo e o setor empresarial para a criação de um ambiente propício ao crescimento econômico.
Para catalisar um desenvolvimento robusto e sustentável, nós, da UEPP, em parceria com a ACIPP, Grupo Lidera e Ciesp, contratamos uma empresa privada para compilar e formatar dados levantados de nossa região, inclusive em estudos do Sebrae-SP de Pres. Prudente. O objetivo é desenvolver um projeto atual e identificar os pontos fortes e fracos da nossa Região Administrativa. A partir deste estudo poderemos, com mais propriedade, sugerir e reivindicar pautas assertivas, norteando nossas ações junto aos setores públicos e privados no que tange desenvolvimento econômico e social do Oeste Paulista.
