A Polícia Militar prendeu um homem de 20 anos por tentativa de homicídio no Jardim Vista Bonita, em Presidente Prudente. O crime ocorreu na noite de ontem, após uma suposta discussão pela venda de um automóvel.
A corporação militar explica que foi informada sobre um veículo em situação suspeita parado na Rua Antonio Paulo da Silva. Segundo a polícia, o carro estava com a porta aberta, e tinha marcas de sangue no volante e manopla do câmbio.
Ainda, foram observadas poças de sangue na rua e possível marca de atropelamento. Ao redor, havia mais marcas de sangue que indicava que um corpo havia sido arrastado. No local também foi encontrada uma lâmina e cabo de faca.
Enquanto apuravam a situação, os policiais militares ouviram um barulho em uma área de mata e encontraram o autor em cima da vítima, que estava desacordada.
Momentos depois, o rapaz de 22 anos acordou e relatou que saiu de Pirapozinho com destino a Presidente Prudente para vender seu veículo ao indiciado. Após o teste no veículo, foi levado ao local, onde se desentenderam devido o comprador não possuir o dinheiro à vista e querer comprar o automóvel parcelado.
Naquele momento, segundo a vítima, saíram do veículo e o indiciado sacou uma faca e desferiu golpes nas costas, cabeça, ombro e pernas da vítima. Após a agressão, o indiciado atropelou o rapaz e, posteriormente, o arrastou para o mato, momento em que a PM chegou ao local e prendeu o autor do crime.
O rapaz foi socorrido em quadro de saúde considerado estável, sem previsão de alta médica.
Na Central de Flagrantes da Polícia Civil, o acusado forneceu a versão dos fatos que, segundo os agentes policiais, aparentava ser “fantasiosa”.
Conforme o relato, o homem disse que soube da venda do veículo pela internet, e que foi ao local combinado. Porém, ele e o vendedor teriam sido abordados por indivíduos de moto que roubaram R$ 8 mil que estavam com o suspeito.
A Polícia Civil afirma que ele apresentou incongruências nas alegações prestadas durante o interrogatório.
No boletim de ocorrência, consta que os investigadores tiveram uma conversa informal com os pais do acusado que narraram que o filho não trabalha há três meses, e que seria mentira a alegação de que teria R$ 8 mil.
Disseram ainda suspeitar de que ele conseguisse praticar a ação sozinho “porque tem problemas de cabeça”. Inclusive, chegaram a dizer que o rapaz possui um amigo que poderia ser suspeito, não sabendo informar detalhes sobre ele. Entretanto, a vítima não indicou a presença de outros na ação.
Diante dos fatos apresentados, o delegado Marcelo Silva Costantini ratificou a prisão em flagrante do acusado e representou pela conversão em preventiva. A Polícia Civil recolheu um vídeo gravado pelos policiais, em que a vítima dá a versão dos fatos.
O crime segue sob investigação.