O Brasil detém o título mundial de cesarianas. A realidade em Presidente Prudente segue o ritmo nacional. Como noticiado na edição de ontem deste diário, na maior cidade da região, 68,94% dos partos realizados no ano passado foram cesáreas. Conforme dados do DataSUS, o departamento de informática do SUS (Sistema Único de Saúde), do total de 2.460 nascidos em 2022, 1.696 vieram ao mundo por via cirúrgica. Para se ter uma ideia, a OMS (Organização Mundial da Saúde) sugere que em torno de 10% a 15% seriam índices aceitáveis para taxa de cesáreas de um país. Na rede particular, esse índice pode chegar aos 90%.
Por meio da reportagem veiculada, os leitores puderam entender os motivos que levam tal parto a ser preferência nacional, sendo que fatores culturais são preponderantes para a escolha. Fato é que, apesar de ser rápida e segura, as complicações em cesarianas ainda existem e são significativas. Portanto, é necessário que as mulheres sejam conscientizadas, e saibam detalhes sobre os tipos de parto, para que possam, junto com seu médico de confiança, decidir se optarão pelo parto natural, ou pela cesárea.
Claro que podem ocorrer intercorrências e, naturalmente, o médico saberá como agir, de modo a preservar a saúde da mãe e do bebê. Mas é de extrema importância que a gestante possa exercer seu poder de escolha e se preparar para dar à luz da forma que se sente mais segura e confiante. O parto natural, como o próprio nome diz, é a forma “mais natural” de trazer o bebê para este plano, com inúmeros benefícios para a mãe e seu filho. Tudo isso deve ser explicado para a gestante, para que ela possa se decidir sobre como quer seguir neste momento, que, com certeza, é o mais importante de qualquer mãe.