Cada vez mais os traficantes buscam maneiras diferentes de tentar burlar a fiscalização e levar drogas para dentro de penitenciárias. Uma das “inovações” que tem chamado a atenção dos agentes de segurança e das forças policiais é droga sintética conhecida como k4. Derivado da maconha, o entorpecente é feito em laboratório e consumido de diversas formas. Na Penitenciária Silvio Yoshihiko Hinohara, em Presidente Bernardes, uma folha de papel foi apreendida com uma mulher na porta da unidade, com suspeita de ter a droga camuflada.
De acordo com a Croeste (Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado), o fato foi registrado no sábado, na Delegacia de Polícia Civil do município. Conforme a coordenadoria, a visitante de um sentenciado levava a suposta droga em uma cartela na região do quadril. Também havia dois invólucros de maconha e um de cocaína.
O policial civil de Presidente Bernardes, Valdenito Alves, explica que a k4 “age com mais intensidade” no organismo e cérebro, em comparação com o natural. Geralmente, é borrifada em papel com espessura mais grossa. “São muitas as maneiras de consumo. Ela pode ser dissolvida e ingerida como chá, ou, quando impregnada no papel, utilizada para fumar”, afirma.
De acordo com o policial, há casos em que ela chega em cartões de mensagens, até mesmo, com textos bíblicos. “O material está há pouco tempo na região, o que requer atenção durante as fiscalizações. Quando o flagrante vem para a delegacia, a gente faz a apreensão e encaminha o material para análise para depois confirmar”, salienta. Sobre a apreensão do fim de semana, o policial esclarece que o papel foi encaminhado para análise e a polícia está no aguardo do resultado.