O Complexo do Pantanal ou simplesmente Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta. Embora este bioma seja considerado o de menor extensão territorial no Brasil, com cerca de 1,76% da área total do território brasileiro, em nada desmerece a exuberante riqueza que este bioma abriga.
Em seu espaço territorial, que é uma planície aluvial, o Pantanal é influenciado por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai e sofre influência direta de três importantes biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Além disso, sofre também influência do bioma Chaco (nome dado ao Pantanal localizado no norte do Paraguai e leste da Bolívia).
A origem do bioma Pantanal não é, como se pensava, resultado da separação do oceano há milhões de anos, já que a maioria dos geólogos concorda que não há ali indícios da presença do mar. Deste modo, a área alagada do Pantanal se deve à lentidão de drenagem das águas que fluem lentamente, pela região do médio Paraguai, num local chamado de Fecho dos Morros do Sul. Uma característica interessante desse bioma é que muitas espécies ameaçadas em outras regiões do Brasil persistem em populações avantajadas na região, como é o caso do tuiuiú – ave símbolo do Pantanal.
Muitas espécies ameaçadas em outras regiões do Brasil persistem em populações avantajadas na região, como é o caso do tuiuiú
Apesar de sua beleza natural exuberante, este bioma vem sendo muito impactado pela ação humana, principalmente pela atividade agropecuária, especialmente nas áreas de planalto adjacentes do bioma. Desde 1975, a Embrapa Pantanal tem desenvolvido tecnologias sustentáveis para a região, com o objetivo de adaptar, desenvolver e transferir tecnologias para o uso sustentado dos seus recursos naturais.
As pesquisas se iniciaram com a pecuária bovina, principal atividade econômica e, hoje, além da pecuária, abrange as mais diversas áreas, como recursos vegetais, pesqueiros, faunísticos e hídricos, climatologia, solos, avaliação dos impactos causados pelas atividades humanas e socioeconômica. Apenas 4,6% do Pantanal encontram-se protegidos por UCs (Unidades de Conservação), dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.