O Banco do Brasil (BB) destinará R$ 70 bilhões, em todo o País, para operações de crédito rural na safra 2013/2014, um volume 14% a mais ao desembolsado e 27% superior ao inicialmente projetado para a safra 2012/2013. Conforme a superintendente regional da instituição financeira de Presidente Prudente, Clessia Maria Pereira, a expectativa para este ano é superar a marca registrada ano passado, quando R$ 306 milhões foram financiados. Destes, mais da metade foram aplicados na agricultura familiar.
Além dos números, durante o lançamento do Plano de Safra realizado no auditório da Superintendência Regional de Varejo do banco de Prudente, foram divulgados as taxas de juros e os prazos do financiamento. O evento contou com a presença de 100 pessoas, entre produtores rurais, autoridades regionais, representantes de entidades ligadas ao agronegócio e presidentes de sindicatos.
A superintendente detalha que dos R$ 70 bilhões, R$ 13,2 bilhões serão para financiamentos na agricultura familiar e R$ 56,8 bilhões vão atender aos agricultores empresariais e cooperativas rurais. "Para atender esse público, o BB está contratando operações com as mudanças e inovações implementadas pelo governo federal", completa. A Superintendência Regional do Banco do Brasil abrange 40 agências e aproximadamente 50 cidades.
Público-alvo
Pereira conta que a região de Prudente passa por um processo de crescimento e amadurecimento da agricultura, e que o Plano de Safra "impulsiona novos produtores". Para atender a demanda, expõe que o BB oferece uma linha de crédito que corresponde a cada setor da agricultura, ou seja, mini, pequeno, médio e grande produtores. Deste modo, destaca que "as taxas de juros estão mais baixas e os prazos mais longos".
Ela acrescenta que a divulgação do Plano Safra permite que o produtor tenha conhecimento, troque informações e prospecte "novos sonhos e defina as estratégias de investimentos".
Neste ideal está o produtor rural Francisco Trincon Neto, 47 anos, que cultiva cana-de-açúcar em Dracena. "Este é um suporte que precisamos para desenvolver nossa cultura", diz. Segundo ele, as linhas de crédito ajudam, pois sua produção demanda de altos custos. "Se não tivermos o apoio das instituições financeiras, não conseguimos nos manter e expandir o negócio", pontua.
A mesma opinião tem o pecuarista Carlos Roberto Biancardi, 68 anos. "As baixas taxas vêm ao encontro com nossos anseios", declara. Para o produtor, o dinheiro emprestado atende suas necessidades, já que o banco estabelece prazos favoráveis para o pagamento.
Em relação ao crescimento agropecuário na região, o pecuarista diz que em outras épocas foram melhores, e com o advento da cana-de-açúcar a concentração dessa linha de produção aumentou.
Também presente no evento, o presidente do Sindicato Rural de Presidente Bernardes, Francisco Cesare Neto, 49 anos, acredita que o encontro serve ainda para conhecer a situação do agronegócio na região. Além disso, frisa que, com os investimentos, os produtores podem melhorar a tecnologia e custear sua produção.