Desde que o antigo prédio da Cooperlix (Cooperativa de Trabalhadores de Produtos Recicláveis de Presidente Prudente), no distrito industrial, foi literalmente reduzido às cinzas, após um incêndio, o trabalho da empresa é realizado em um efetivo menor e baseado na promessa de um novo local. Contudo, a Prefeitura de Presidente Prudente, à frente do que foi prometido, prevê que o Centro de Triagem e Reciclagem seja inaugurado na próxima segunda-feira, às 9h. Para tanto, houve um investimento de R$ 2.095.187,97, fruto de um acordo firmado com a Cesp (Companhia Energética de São Paulo), que resultou em um convênio de R$ 1.936.490,00, além da contrapartida da própria municipalidade, de R$ 158.697,97.
O novo local, conforme informações do Poder Executivo, foi construído em uma área total de 2.040 metros quadrados. Nesse espaço, inclui o barracão, que abrigará as esteiras para separação dos materiais e, ao lado, funcionará o espaço de apoio, com área administrativa, sala de treinamento, banheiros e refeitório. “Ele está situado ao lado do aterro sanitário, no Distrito Industrial Antônio Crepaldi, zona leste da cidade”, completa a municipalidade. Lugar esse que fica próximo ao antigo local de trabalho dos cooperados, antes do incêndio.
Aliás, naquela época em que não se previa o infortúnio, o efetivo da empresa girava em torno da produção de 150 t (toneladas) de materiais por mês, o que caiu pela metade após a mudança de local, que veio acompanhada da falta de aparelhos, esteiras e demais equipamentos que agilizam todo o processo de separação e prensa dos materiais coletados. Por sua vez, logicamente tudo isso fomentou para a queda no valor arrecadado com o trabalho.
Déficits
Com o incêndio que assolou a cooperativa, dentro desse prejuízo financeiro também esteve incluso todos os maquinários e veículos queimados, que facilitavam a realização do serviço. Dois meses após o ocorrido, na época, o cooperado Diego Victor Lopes, bem como a presidente Maria Aparecida Assis Silva, relataram que a quantidade de materiais vendidos caiu de 150 t para algo em torno de 80 t. O número ainda foi apontado como um teto máximo, em vista do esforço dos funcionários na tentativa de amenizar os impactos.
O maior déficit, ainda de acordo com os membros, era a falta de maquinário para prensar os materiais, impulsionando a venda dos recolhidos separadamente. Além disso, a produção toda era realizada sem ajuda da força mecânica, devido à perda, gerando mais esforço físico.
Sendo assim, a chegada de novos equipamentos tende a impulsionar um trabalho melhor, mais prático e com mais lucros. A reportagem tentou contato com a cooperativa após a informação divulgada pela Prefeitura, contudo, até o fechamento desta edição, não houve sucesso.
Histórico
O incêndio no antigo barracão ocorreu no dia 14 de julho. O fato resultou em prejuízo estimado de quase R$ 1,2 milhão, tristeza por parte dos cooperados, bem como um aumento da carga de trabalho. Na época, o laudo pericial não pode apurar as causas do incêndio, mas houve rumores por parte de funcionários ao ser tratado como “criminoso”, o que não foi possível ser provado. Ao todo, 90 cooperados trabalham na empresa.
NÚMEROS
R$ 1.936.490,00
é o valor do acordo feito com a Cesp
R$ 158.697,97
é a contrapartida do município na obra
10 de dezembro
é a data prevista para inauguração
90
cooperados trabalham na empresa