Os estoques de leite humano não estão totalmente defasados, mas também não estão totalmente abastecidos. Está em um nível médio, um pouco melhor que no ano passado, mas que ainda não é suficiente para atender 100% da demanda. Segundo a coordenadora do Banco de Leite Humano de Presidente Prudente, Adriana Monteiro, em dezembro, a unidade atendeu 66% da demanda solicitada pelos quatro hospitais atendidos pela unidade, e agora, em janeiro, está entre 65% e 70%, que é a marca pactuada pelo município. “Contudo, ainda não é a média ideal para o bebezinho que está ali correndo risco de morte. Mensalmente, atendemos entre 65 a 70 prematuros. Em dezembro de 2022 foram 68 pequeninos internados nas UTIs [Unidades de Terapia Intensiva] de neonatologia”, expõe a coordenadora.
De acordo com Adriana, os estoques atualmente se encontram na média de 56 litros e com 49 doadoras, quando o essencial para atender 100% da meta seria de 80 a 100 mamães lactantes. “O volume de leite que entra mensalmente, 90 a 100 litros, não é suficiente para atender toda nossa demanda. O ideal seria termos uma quantidade de 120 a 150 litros de leite captados por mês”, expõe Adriana Monteiro, coordenadora do Banco de Leite que atende o HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo, Hospital e Maternidade Estadual Doutor Odilo Antunes de Siqueira, Hospital e Maternidade Nossa Senhora das Graças e o Hospital Iamada.
“O fluxo de doações diminui um pouco nos meses de dezembro e janeiro por conta das viagens e passeios com a família que as doadoras fazem. Então, a divulgação é importante para que mais pessoas conheçam e ajudem a salvar vidas. Lembrando que toda quantidade é importante, não existe uma quantidade mínima”, acentua Adriana.
Adriana destaca que uma mãe pode ser doadora desde o primeiro filho. E mais, logo nos primeiros dias de seu parto. Isso porque, segundo ela, é quando o corpo produz mais leite do que o seu filho precisa. “Então, aquele leite excedente que, às vezes, o bebê suga de uma mama e não da outra, desperdiçando ao vazar, por exemplo, basta a mamãe retirar, colocar em um frasco esterilizado e armazenar no congelador. De pouquinho em pouquinho ela salva uma vida”, ressalta Adriana, frisando ainda que há mães que doam até o desmame do bebê.
Para as mulheres que têm o desejo de compartilhar esse precioso alimento é fácil. Basta ter feito o pré-natal, ter a carteirinha e todos os exames requisitados no período, ter sido uma gestante saudável, não ter feito uso de drogas ilícitas e não estar utilizando nenhum medicamento que seja contraindicado para lactantes.
Após receber a ligação da mãe, no dia seguinte a equipe vai até sua casa onde será feito um cadastro/triagem, todo o material necessário como touca, vidro/frasco esterilizado, etiqueta para identificação e bombinha se ela precisar, também é entregue.
“Passamos todas as orientações a essa mãe de como ela vai massagear, ordenhar, coletar, identificar e armazenar este leite. Mães que moram ou trabalham perto do Banco de Leite podem ir até o local fazer a ordenha também. De repente, ela trabalha por ali e precisa fazer uma ordenha de alívio, pode vir até a gente sem problema”, orienta Adriana.
SERVIÇO
Banco de Leite Humano
Endereço: Avenida Hiroshi Yoshi, s/n, Jardim Esplanada
Telefone: 3229-1249 (WhatsApp)
Horário Funcionamento: De 2ª a 6ª, das 8h às 11h, e das 13h às 16h
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