Caso não tenham a pauta de reivindicações atendida, os bancários desencadearão nova greve a partir da segunda quinzena de setembro, adianta o presidente do Sindicato dos Bancários de Presidente Prudente e Região, Edmilson Trevisan. De acordo com o sindicalista, foi realizada na quarta-feira a primeira negociação entre a categoria e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), entretanto, "os banqueiros não deram nenhuma resposta". Edmilson aponta que a federação garantiu que uma proposta global com índice para todos os bancos será apresentada na semana que vem. Procurada, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), por meio da sua Assessoria de Imprensa, confirmou a informação e datou o anúncio para a manhã desta segunda-feira, em São Paulo.
Questionado sobre a deflagração da greve, Edmilson enfatiza que não é possível prever com exatidão uma data para a paralisação, mas, na ausência de negociação, o mais certo é que o início ocorra entre o fim de setembro e o início de outubro, como a greve anterior, desencadeada em 6 de outubro, com duração de 21 dias. O presidente do sindicato ressalta que, enquanto isso, o foco é chegar a um consenso. "Enquanto eles quiserem, continuaremos a negociação dentro deste prazo", destaca.
Como já noticiado por este diário, a campanha salarial deste ano reivindica reajuste de 14,78%, que considera reposição inflacionária do ano e mais 5% de aumento real; PLR (Programa de Participação nos Lucros e Resultados) de três salários e mais um fixo de R$ 8.317,90; fim do assédio moral dentro dos bancos; mais contratações para a melhoria do atendimento; e menos demissões.
Edmilson diz que assédio moral é uma realidade diária nos bancos, visto que gerentes, sob ordem das instituições, realizam reuniões todos os dias a fim de pressionar os funcionários. "Eles ameaçam de demissão quem não vender determinada meta por dia. Com isso, o bancário acaba adoecendo e entrando para o sistema do INSS , pelo qual a população paga", pontua.