Banalizar a aids é colocar em risco a própria saúde e a dos outros

EDITORIAL -

Data 30/11/2017
Horário 10:37

Nesta sexta-feira, 1º de dezembro, é lembrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Embora a doença não seja mais encarada como uma “sentença de morte”, como era na década de 1980, ela não pode ser banalizada e vista como algo sem importância. Nunca é demais lembrar que a aids não tem cura, e que, apesar de seu tratamento proporcionar qualidade de vida a seus portadores, são inúmeros os efeitos colaterais oriundos do coquetel de remédios diário a que é necessário se submeter.

Infelizmente, muitas pessoas demoram a se conscientizar sobre os riscos de manter relações sexuais sem prevenção. Tanto é verdade que, de janeiro a novembro deste ano, 67 pessoas foram diagnosticadas com HIV somente em Presidente Prudente – sendo 51 homens e 16 mulheres. Isso sem contar os casos subnotificados, que, certamente, são inúmeros. E ninguém pode alegar desconhecimento. Informação é o que não falta. Tampouco preservativos gratuitos à disposição da população.

O que será, então, que impede as pessoas de se conscientizarem sobre sua própria saúde? Será que é aquele velho pensamento de que “comigo isso nunca vai acontecer”? Mas, vale a pena pagar para ver? Com certeza não. Outro fator de risco é o consumo de drogas lícitas e ilícitas, que pode acabar por tirar a capacidade de raciocínio com clareza dos usuários. É o “prato cheio” para que a pessoa se relacione com outra e, simplesmente, despreze o uso do preservativo. É uma “noitada” que poderá ficar marcada para sempre na vida de quem cometeu o “deslize”.

Em alusão à data, o Programa DST/Aids de Prudente realiza, durante a semana, a campanha Fique Sabendo. A ação consiste em intensificar a realização de testes rápidos de HIV e sífilis em pontos estratégicos e em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e ESFs (Estratégias Saúde da Família) da cidade. Durante a iniciativa, a organização espera realizar 7 mil exames no período.

Não há desculpas para ficar na dúvida e colocar em risco a sua saúde e a de outras pessoas. O teste dura cerca de 20 minutos e, em caso de resultado positivo, a pessoa é encaminhada ao serviço especializado para realizar outros exames mais detalhados, igualmente gratuitos. Importante ressaltar que a aids “não tem cara e nem cura”. Portanto, se cuide! 

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