Ontem eu ganhei dois vidros de azeite. Mas não era qualquer azeite. Um era frutado e mais premiado que ator idoso em Hollywood. O outro era chique, daqueles que a galera da riqueza costuma comprar para temperar salada, mas não faz a menor ideia do sabor que tem ou o quanto há de valor em 500 ml de óleo.
Pois é, azeite é meio que vinho. Existem livros, guias, páginas e páginas e até profissionais que são habilitados a experimentar o óleo extraído das oliveiras. É do tipo que experimenta e fala: “Sabor frutado, com leve toque de aroma de castanhas colhidas ao amanhecer por freiras beneditinas dos pés descalços”. Brincadeira, por favor.
Aliás, falar em oliveira, que é a árvore de onde extrai o azeite e que por sinal é a mesmo que dá a nossa azeitona (vai dizer que não sabia?), dias desses eu ouvi de um amigo que era impossível ter tanto azeite no mundo se ele mesmo não via um só pé de oliveira pela frente. Faz sentido. É igual bacalhau. A gente vê o produto, mas nunca a origem.
E mais do que ser como vinho, você sabia que azeite hoje em dia é um bom presente? Pois é. Eu li que o produto é um dos mais procurados para se dar a alguém que já é meio abastada, sabe? Tipo, sabe aquela pessoa que é bem de vida e você ainda assim precisa dar um presente? Fica difícil, porque no fundo ela tem quase tudo. Mas dar um bom azeite importado é um presentão e eu concordo, apesar de não ser abastado. Ficaria bem feliz em ganhar algo singular e valioso ao mesmo tempo, que mexe com o paladar, este sentido tão rico que possuímos.
Só que tudo que isso que escrevi foi por outro motivo que descobri ainda ontem. Eu ganhei dois vidros de azeite da minha linda, Maria Cláudia, como presente de uma data especial entre nós, e a história que ela me contou é que deixou tudo mais perfeito ainda. A questão é que para os católicos, como eu, o azeite é mais do que um simples óleo.
O azeite é um símbolo também do Espírito Santo, de sabedoria, de justiça e esperança. Mais ainda, o Espírito Santo é também uma das pessoas da Santíssima Trindade e assim, o óleo traz esta simbologia. Que maravilha ganhar um presente tão especial. Eu fiquei muito feliz, restaurado espiritual e fisicamente porque ainda no almoço experimentei os dois exemplares com um bom pão de fermentação natural. Nunca provou azeite assim? Pois bem, coloque azeite em um prato e corte pães rústicos de fermentação natural. Molhe no azeite e coloque um pouco de sal. É dos deuses! Chega a sair uma lágrima de tão bom!
Fica aí a dica, meus amigos! Entre dar uma caneca ou uma planta qualquer, escolha um presente que remeta à sabedoria humana e ao calor aconchegante de um amor verdadeiro!