Avanço das tecnologias de imaginologia possibilita identificar fissura no pré-natal

Processo de reabilitação é longo e deve observar desenvolvimento craniofacial do indivíduo para que não haja sequelas, como, por exemplo, crescimento ósseo inadequado

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 23/06/2024
Horário 05:02
Foto: Reprodução/Senado Federal
Tratamento leva aproximadamente de 16 a 20 anos para se completar
Tratamento leva aproximadamente de 16 a 20 anos para se completar

Com o avanço das tecnologias de imaginologia, é possível identificar a ocorrência de fissura labiopalatina por exames de imagens já no período pré-natal. A informação é do diretor da Afipp (Associação de Apoio ao Fissurado Lábio Palatal de Presidente Prudente e Região), Célio Yudi Sato, que pontua que, no que diz respeito ao processo de reabilitação, este é longo e deve observar o crescimento craniofacial do indivíduo para que não haja sequelas, como, por exemplo, crescimento ósseo inadequado. “A reabilitação compreende etapas terapêuticas de acordo com idade e crescimento e envolve a atuação de diversas especialidades”, ressalta.

Expõe que a atual rotina adotada no HRAC (Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais), em Bauru (SP), para onde são encaminhados os pacientes que requerem procedimentos cirúrgicos e ambulatoriais, prevê atendimento inicial realizado por uma equipe de diagnóstico interdisciplinar. Após essa primeira avaliação, são discutidas as condutas terapêuticas iniciais e realizado encaminhamento para exames e outros serviços, de acordo com a necessidade de cada caso.

O protocolo estabelece as épocas adequadas de cada intervenção, sempre respeitando o crescimento craniofacial e a maturidade fisiológica do paciente. No total, o tratamento leva aproximadamente de 16 a 20 anos para se completar.

Célio ainda relata que as ações desenvolvidas pela entidade são de grande relevância para os que precisam, uma vez que não existem serviços próximos para atender a demanda. “A Afipp é a única entidade que desenvolve este tipo de atendimento de orientação, avaliação e intervenção, desde o nascimento até a fase adulta. De acordo com a necessidade de cada caso, recebem atendimento através de profissionais, cabendo ressaltar que os procedimentos cirúrgicos e ambulatoriais são realizados através do HRAC, a 300 quilômetros de Presidente Prudente”, pontua Célio.

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