O jornal O Imparcial de hoje traz em suas páginas uma nova pesquisa do IPT (Índice de Preços Toledo), realizada por alunos da Toledo Prudente Centro Universitário, cujos resultados mostram que, em outubro, o pacote de 5 kg do arroz tipo 1 apresentou inflação de 15,33% em relação ao levantamento feito em setembro. Para isso, os estudantes visitaram seis estabelecimentos da cidade no dia 5 deste mês.
Outro produto do grupo de alimentos que também chama a atenção é o óleo de soja (900 ml), com alta de 16,19%. Juntas, as duas mercadorias representam uma despesa significativa para as famílias prudentinas, considerando que tanto o arroz quanto o óleo de cozinha fazem parte do preparo diário das refeições e, por esta razão, fica difícil deixá-los fora do carrinho.
Prato fundamental na mesa dos consumidores, o arroz é ainda mais insubstituível: não há como pensar em cesta básica sem apontá-lo em primeiro lugar. Agora, ele fica mais caro mês a mês e enxuga o bolso dos consumidores num momento em que a economia brasileira se encontra instável por conta da pandemia do novo coronavírus e num cenário em que muitos ainda encontram dificuldades para recuperar um lugar no mercado de trabalho.
A realidade nos supermercados vai na contramão da realidade de muitos brasileiros: enquanto os recursos destes últimos se tornam cada vez mais escassos, os preços encontrados nos estabelecimentos estão gradativamente mais altos. A economia segue prejudicada, pesando sempre para o lado dos menos favorecidos.
As razões para as sucessivas altas são resultado da valorização do dólar, o crescimento da exportação, a queda na safra e a maior demanda interna, posto que o isolamento social contribuiu para que as pessoas consumissem mais o produto. Diante disso, é preciso que as esferas governamentais continuem trabalhando, não só para conter a alta dos valores e evitar o desabastecimento do produto, como também para fiscalizar a inflação abusiva nos preços, a fim de assegurar o equilíbrio deste cenário e, com isso, evitar que as famílias sejam lesadas num contexto em que os lares estão tão vulneráveis em razão dos efeitos da pandemia.