Audiência abre correição geral na região de PP

Procedimento visa mapear os problemas das comarcas, orientar sobre serviços e propor soluções para municípios

REGIÃO - BIANCA SANTOS

Data 04/07/2017
Horário 13:40
José Reis, Corregedor comenta sobre a instalação do
José Reis, Corregedor comenta sobre a instalação do

Foi realizada ontem (03) no Fórum de Presidente Prudente a audiência de abertura da Correição Geral Ordinária da região. Segundo o corregedor geral da justiça de São Paulo, Manoel de Queiroz Pereira Calças, além da fiscalização, as correições têm o caráter de consultoria de gestão das varas judiciais, atuando na orientação dos serviços, mapeando os problemas e mostrando soluções para as comarcas.

“Na correição instruímos os serviços já prestados, conversamos com os representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), junto aos membros do Ministério Público e com os magistrados de toda a circunscrição, passando aos juízes os projetos que estão sendo coordenados pela Corregedoria Geral”, diz. Para a ocasião, foram convidados todos os magistrados da comarca e da circunscrição judiciária de Iepê, Martinópolis, Pirapozinho, Presidente Bernardes, Rancharia e Regente Feijó.   O juiz diretor do Fórum, Antonio Roberto Sylla, considera que após a correição, com a identificação das falhas e das atitudes que deverão ser tomadas para o aperfeiçoamento dos serviços, será facilitado o entrosamento dos juízes com a própria corregedoria e o tribunal de justiça.

Um dos problemas citados pelo corregedor foi a sobrecarga de trabalho dos juízes, um problema considerado nacional, mas que em São Paulo por ser uma potência econômica, tem um volume muito maior de processos. “São cerca de 23 milhões de processos em tramitação no Estado e nós temos 1.700 varas instaladas, cerca de 800 prédios, 43.000 servidores e 2.300 juízes de primeiro grau. É um volume muito grande, mas nós temos o Novo Código de Processo Civil, que veio com o objetivo de facilitar o processamento das demandas”, afirma.

Para solucionar questões como essa, o corregedor conta que será instalado no mês do centenário, o cartório do futuro, também conhecida como UPJ (Unidade de Processamento Judicial). “É uma grande conquista para a cidade, pois possui alta tecnologia, servidores bem treinados, espaço adequado e é tudo digital. Onde já está instalada em São Paulo tem dado resultados muito positivos para o jurisdicionado”, comenta. O objetivo dessa implantação segundo ele é a eficiência, rapidez e o custo, proporcionando melhor qualidade do local de trabalho para os servidores e magistrados, sendo no próprio prédio do Fórum da comarca de Presidente Prudente.

 

Transição

Conforme Manoel de Queiroz, a Justiça brasileira está em uma fase de substituição do processo físico para o eletrônico. “Isso gera uma necessidade de adaptação por parte dos espaços, instalações e dos servidores que precisam extrair o máximo do nosso SAJ (Sistema de Automação da Justiça). Mas é algo que está caminhando muito bem, não se tem nada mais físico no tribunal, é tudo por meio eletrônico” garante. Apesar disso, o corregedor acredita que mesmo com a adoção do processo eletrônico, há sempre a necessidade de ajustes por ser algo novo, porém os problemas surgem, para serem solucionados.

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