Atitudes simples são capazes de melhorar a realidade do próximo

EDITORIAL -

Data 18/08/2017
Horário 14:11

Muito se ouve falar a respeito de solidariedade e doação ao próximo. Alguns se enganam, e acreditam que apenas com gestos grandiosos são capazes de melhorar a realidade do outro ou do planeta em que vivemos. Assim, acabam se esquecendo das mazelas sofridas por aquele que está bem ali, ao seu lado. E, certamente, está ao seu alcance fazer algo para lhe arrancar um sorriso, para fazê-lo se sentir feliz, para que ele consiga enxergar uma luz no fim do túnel – diante de tantos percalços inerentes à própria existência.

Trata-se de uma verdadeira corrente do bem, capaz de atravessar mares, montanhas, países, continentes inteiros. Quando um ajuda o outro, com respeito e cortesia, a probabilidade deste sentimento ser repassado é enorme. Da mesma forma, ao tratar o próximo de maneira rude e grosseira, esta sensação negativa também se instala com facilidade. Portanto, um simples “bom dia” e um sorriso no rosto são capazes de transformar para melhor o dia de alguém. Por que, então, ser mal educado e mal humorado?

Ontem, os leitores deste diário puderam ter alguns minutos de alegria ao ler uma reportagem sobre uma fisioterapeuta de Presidente Prudente que, desde os seus 16 anos, comemora seu aniversário em alguma entidade filantrópica. Nesta semana, ao completar 41 anos, Ana Thais de Souza Stoco se juntou aos acolhidos da Vila da Fraternidade para com eles compartilhar da data especial.

Ela preparou uma verdadeira festa de aniversário, com direito a bolo, salgadinho, doces e até música ao vivo. E, apesar de tantas gostosuras, o que a aniversariante percebeu foi que o que realmente importa para os idosos atendidos é o carinho recebido. Para eles, o fato de receberem uma visita é o que faz a diferença. Afinal, infelizmente, em uma sociedade com valores totalmente invertidos, é comum que as pessoas sejam esquecidas conforme a idade vai passando.

Este é só um exemplo de como é possível transformar a realidade de um mundo cada vez mais individualista e cruel. Ser solidário ao próximo não significa, necessariamente, ajudar quem está a milhares de quilômetros de distância. Basta olhar para o lado, ou até mesmo para dentro de casa, para se dar conta que ainda há muito a ser feito para melhorar a vida de pessoas da nossa própria convivência.

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