Não poderia deixar de registrar a retirada do lixo que invadia a Rua Petronilho Azevedo de Brito, no Parque Alvorada. Foram cinco meses alertando o poder público para o problema, mas que, no último sábado, finalmente foi totalmente recolhido.
A Prefeitura tem alertado a população para a importância de manter limpos os terrenos. Mas, como já registrado na coluna, o próprio Executivo não consegue garantir 100% a limpeza dos espaços públicos, haja vista a demora para limpar o ponto acima, que avançou rua afora.
Foram cinco meses de espera, mas enfim, limpo. Cabe ressaltar para você que tem terreno sem roçagem periódica, com lixo, isso é passível de multa, não espere a notificação bater à porta.
Celebrar?
O Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) lançou luz sobre o panorama educacional do Estado, revelando desafios significativos em relação ao desempenho dos alunos.
O Estado de São Paulo foi pioneiro na adoção da progressão continuada. O problema não está no método e sim, na forma como está sendo aplicada. Dados recentes evidenciam que 69% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental foram classificados com níveis abaixo do considerado adequado em língua portuguesa, enquanto impressionantes 80% tiveram desempenho insatisfatório em matemática. Esses números destacam uma lacuna significativa entre as habilidades esperadas e as alcançadas pelos estudantes paulistas.
Pirapozinho em destaque
Entretanto, em meio a essas preocupações, surge um ponto de destaque: Pirapozinho ultrapassou a média geral do Saresp. Com uma média de 6,78, superou a média estadual de 6,31. É sem dúvida um desempenho notável em relação às médias de proficiência em língua portuguesa e matemática do Estado, mas não o avanço não deve ser interpretado como motivo de celebração, mas sim como um chamado à ação.
Analisando a pontuação de Pirapozinho, é crucial reconhecer que, embora tenha ultrapassado a média estadual, ainda há espaço para melhorias significativas. A discrepância entre os resultados ideais e a realidade educacional persiste, exigindo uma resposta urgente das autoridades e da comunidade em geral.
Sair da escola sem habilidades de leitura e escrita, sem conhecimentos básicos de matemática. Essa é a realidade que encontramos nas escolas paulistas.
Desafio de todos nós
O aumento da proficiência em língua portuguesa e matemática não é apenas uma meta, mas uma necessidade vital para garantir um futuro próspero para os estudantes de São Paulo. Investimentos em recursos educacionais, nada de “chagpt” para elaborar materiais didáticos, estamos falando em adotar programas de capacitação docente e estratégias de ensino inovadoras para enfrentar os desafios identificados pelo Saresp e promover uma educação de qualidade em todo o Estado.
Para conhecimento
A adoção da progressão continuada foi uma metodologia adotada no Brasil para reduzir a evasão escolar, para aumentar a ‘eficiência’ da educação e também, pasmem, para reduzir o custo. Sim reduzir custo com educação, pois aluno repetente é custo financeiro.
É preciso que se diga que combater a evasão, reduzir a incidência de repetência de alunos não deve ser a ‘custo’ da qualidade de aprendizagem de cada criança na escola.
Cabe ressaltar que, no Estado de São Paulo não há progressão continuada e sim aprovação automática e por isso, o problema não é o método e sim a forma como está sendo aplicada.
Como mãe, vivenciei os impactos aberradores desta metodologia que é uma verdadeira falácia para ensino. Progressão, como o próprio nome diz, tem relação com os avanços de aprendizagem individual e valoriza o progresso que cada aluno tem para com o conhecimento diante, claro, de suas dificuldades.
Para que isso funcionasse, seria preciso analisar o aprendizado individualmente. E é fato, a forma como está sendo aplicada desestimula inclusive aos alunos, que não se sentem motivados a aprender, pois na verdade, sabem que serão aprovados automaticamente.
Reconhecer o progresso de Pirapozinho sim, mas é imperativo um esforço coletivo para elevar os padrões do sistema educacional.
Reconhecimento
Policiais civis de Pirapozinho deflagraram nesta semana, a Operação Clonare, com o objetivo de desarticular possível associação criminosa voltada à prática de golpes de estelionatos virtuais, especificamente da modalidade do falso golpe do Pix.
As investigações começaram em 2022 e nesta semana foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão. Segundo a polícia, a operação além do efeito pedagógico e repressivo visando a punição e responsabilização desses delitos, conta ainda algo importantíssimo, que é restituir os valores perdidos pelas vítimas dos golpes.