Uma cena chocante, de embrulhar o estômago e de se colocar muitos pontos de interrogação. Como noticiado neste diário, um fazendeiro de 44 anos foi autuado, na sexta-feira, em mais de R$ 300 mil por maus-tratos a animais bovinos em Iepê. Uma equipe da Polícia Militar Ambiental foi averiguar uma denúncia anônima referente a maus-tratos a bovinos em um latifúndio no município. Na propriedade rural, os agentes policiais encontraram um cenário de morticínio, com 32 bovídeos mortos e 40 animais em estado de magreza extrema, onde sete desses bovinos já estavam caídos por desnutrição.
Realmente, o que se viu parecia mais uma cena de terror. Algo inadmissível. Não se pode deixar chegar neste ponto de sofrimento. Aconteceu alguma coisa com as finanças, peça ajuda, faça algo, mas não deixe os animais morrerem e passarem tanta fome. É um verdadeiro absurdo para os dias atuais. Diante dos fatos foi lavrado ao proprietário rural um auto de infração ambiental de R$ 312 mil com base no artigo 29 da Sima-05/2022 pela prática do ato de maus-tratos a bovinos.
Segundo a Polícia Ambiental, os animais vivos foram apreendidos e depositados na propriedade, sob responsabilidade do envolvido.
Não se pode deixar uma atrocidade dessas acontecer. É preciso um olhar sério das autoridades competentes e que as pessoas próximas ajam como agentes fiscalizadores. Neste caso especificamente, pelo cenário encontrado, a situação já estava extrema há um bom tempo, pois muitos animais já estavam mortos. Morrer de fome e sede, lutar pela vida completamente desidratado, é algo inadmissível. Até quando teremos situações como essas, de maus-tratos? Esse tipo de situação precisa chegar ao fim e nunca mais acontecer.
O que se espera é que o proprietário seja acompanhado para que os animais sobreviventes deste morticínio não acabem à mingua.
