Matutando. Ao receber mensagens de ataques às escolas é preciso informar as autoridades policiais competentes sobre a existência delas, pois quem faz circular mensagens falsas neste nível está cometendo um crime. Depois, os pais deveriam se manter serenos, o mais possível. Olhando para a cidade, pergunte-se: quantas escolas sofreram ataques neste nível? Sem dados estatísticos, acredita-se, as ocorrências são as de sempre: alunos que brigam no intervalo, ou se indispõem com professor ou outro agente escolar etc.
A Promotoria da Infância e Juventude de Justiça de Presidente Prudente, que também integra o GEDUC – Grupo Especial de Educação, publicou (na terça-feira, 11 de abril) uma nota de esclarecimento “à população Prudentina [afirmando] que não existe nenhuma notícia concreta de ataque às Escolas públicas ou privadas de nossa Comarca, tratando-se de fake News...” O promotor Marcos Akira Mizusaki reafirma: “Queremos tranquilizar a população Prudentina e pedimos que não repassem áudios, vídeos, imagens ou mensagens de texto sem conhecerem sua fonte, devendo qualquer notícia desta natureza serem imediatamente encaminhadas às Autoridades Competentes para sua devida apuração.”
Nessa linha, o delegado da Central de Polícia Judiciária (CPJ), Matheus Nagano, informou que “nos casos de Presidente Prudente, nós estamos checando, a Polícia Civil vem agindo, ela vem checando a veracidade desses vídeos, e a gente pode informar que não tem nada de concreto, aqui, na cidade, por ora... uma especulação”. Sabemos que boatos cansam, causam medo nas pessoas desinformadas e instauram pânico na sociedade já adoecida. Ressalte-se que o fato de combater desinformação e evitar medo, pânico e outros comportamentos de manada não significa negligenciar a segurança. São duas coisas que caminham juntas. É preciso estar atento, mas não se pode transformar um drama em uma nova tragédia.
Quem estaria por trás dessa tentativa de desestabilizar a sociedade semeando pânico e desesperança? Quem lucra com isso? Para problemas complexos quase sempre aparecem ideias rápidas (e erradas), como a de encher as portas das escolas com detectores de metal e de policiais armados. Quanta escola nem merenda tem suficiente e rareia as cujo maquinário está 100% adequado ao uso – sem incluir aqui o tecnológico. De todo modo, é preciso manter a calma. E todos (e cada um) se ajudar coletivamente no combater ao medo coletivo. A sociedade – a família, as instituições, a escola, os governos e a cultura em geral – precisa de acolhida, amadurecimento e cura.
Seja bom o seu dia e abençoada a sua vida. Pax!!!
