Toshio Koketsu, 80 anos, vice-presidente e diretor cultural da Acae e presidente da Associação Cultural Nipo-Brasileira da Alta Sorocabana
O governo japonês divulgou este mês, a lista dos Condecorados do Outono do Segundo Ano da Era Reiwa, na qual incluem 12 pessoas que vivem no Brasil. Entre eles, cinco são da categoria de condecoração aos japoneses e os outros sete são da categoria de condecoração aos estrangeiros, sendo dois pela embaixada do Japão: um dos escolhidos é de Presidente Prudente, Toshio Koketsu, 80 anos, vice-presidente e diretor cultural da Acae e presidente da Associação Cultural Nipo-Brasileira da Alta Sorocabana (entidade que reúne todas as entidades nipo brasileiras da região).
Koketsu é filho de imigrantes japoneses, natural de Vera Cruz, cidade próxima à Marília. É formado em Ciências Contábeis pela FACCAT (Faculdade de Ciências Contábeis e de Administração de Empresas), de Tupã.
É conhecido pela fluência no idioma japonês, que aprendeu através de diálogo cotidiano, principalmente com seu pai, bastante exigente e rigoroso. Durante e após a 2ª Guerra Mundial, no meio a tanta dificuldade e medo, estudou na escola japonesa aprendendo o curso completo, da leitura, da caligrafia, a pintura e músicas. A escola japonesa era no sítio a 20 km da cidade de Tupã, na própria casa, onde recebia aulas do professor Tadassuke Yatabe. Mas quem mais se dedicou e deu força, foi o seu próprio pai que lhe obrigava a falar corretamente e toda noite antes de deitar, o obrigava a escrever o “diário” e liberava-o a dormir só após a devida correção da redação. Já adulto e residindo na cidade, estudava diariamente das 5h às 6h, a língua japonesa.
Trajetória Profissional
Koketsu se casou em 15 de janeiro de 72 com Emiko Koketsu (Suzuki) e tiveram dois filhos: Eunice Mayumi Koketsu, 47 anos, e Carlos Kenji Koketsu, 46. Em 75, ele prestou concurso, passou e de agosto do mesmo ano a maio de 88 foi servidor público do Estado de São Paulo como contador na região Oeste Paulista, e depois como chefe na Seccional de Presidente Prudente. Prestou Concurso ao cargo de agente fiscal de rendas do Estado, tomou posse no cargo a partir de 9 de maio de 88, aposentando-se em 31 de janeiro de 2001. Durante sua trajetória ainda foi chefe nos posto fiscais de Fronteira de Pirapozinho, Rancharia e Regente Feijó. Em 2005, no dia 24 de fevereiro, sua esposa faleceu aos 60 anos.
Envolvido nas causas da colônia, comandou a campanha para arrecadar doações às vítimas do terremoto e tsunami do Japão, envolvendo além das comunidades nikkeis, todos os seguimentos da sociedade prudentina e da região. É ativo participante dos eventos.
Em 2008, recebeu do Ministério das Relações do Exterior do Brasil, uma medalha alusiva ao Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, e a medalha pelo reconhecimento pela contribuição prestada para o aprimoramento das relações com o Japão, bem como para a inserção da comunidade japonesa no Brasil e da comunidade brasileira no Japão.
