Assassinato de motorista pode ter sido premeditado

Cinco indivíduos foram presos por suposto envolvimento na morte do motorista de aplicativo Luciano Galindo, encontrado morto em uma vala na zona rural

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 18/06/2019
Horário 04:36

A DIG (Delegacia de Investigações Criminais) em Presidente Prudente afirma que o assassinato do motorista de aplicativo, Luciano Galindo, 42 anos, foi premeditado. No decorrer da investigação, cinco homens foram identificados e detidos, sendo que três deles, incluindo um adolescente de 16 anos, foram presos em Nova Alvorada do Sul (MS) quando voltavam do Paraguai. O país foi o destino final após o homicídio, onde trocaram o veículo roubado por substâncias ilícitas. Outros dois estavam em Álvares Machado e Presidente Prudente.

De acordo com o delegado Pablo Rodrigo França, quatro dos envolvidos possuem passagens criminais por crimes violentos. “Passamos a fazer trabalho de inteligência e aderindo às informações que sempre chegam em caso de comoção. Com o trabalho em equipe, entre as policias judiciarias de São Paulo e Mato Grosso do Sul, conseguimos a detenção dos três primeiros, já confessos pelo crime”, afirma a autoridade. Com base nos depoimentos e objetos apreendidos, chegaram a mais dois suspeitos.

Crime arquitetado

“O crime foi arquitetado bem antes. A intenção era o roubo de outro tipo de veículo. Com a não consumação, houve a ideia do aplicativo e escolha desta vítima”, afirma França. De acordo com o delegado, na noite de sexta-feira três dos “passageiros” embarcaram no carro da vítima próximo a um shopping no Jardim das Rosas, em solicitação de corrida feita por outro elemento. Com a chegada do motorista, foram ao Residencial Maré Mansa e, ao final da corrida, Luciano foi apunhalado pelas costas com ao menos 13 facadas na região torácica.

Após o ato, eles colocaram Luciano no porta-malas e se desfizeram do corpo na estrada de terra que liga Machado a Presidente Bernardes. O cadáver foi encontrado por uma pessoa que caminhava na manhã de sábado. “Dos cinco presos, um deles é o autor intelectual, que fez toda a programação de como faturar com a venda do carro. Ele também continuou verificando a viagem ao Paraguai [onde trocaram o carro por droga]”. A partir de agora, a Polícia Civil aguarda a prisão preventiva dos investigados, válida por 30 dias com prorrogação para o mesmo período.

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