A DIG (Delegacia de Investigações Criminais) em Presidente Prudente afirma que o assassinato do motorista de aplicativo, Luciano Galindo, 42 anos, foi premeditado. No decorrer da investigação, cinco homens foram identificados e detidos, sendo que três deles, incluindo um adolescente de 16 anos, foram presos em Nova Alvorada do Sul (MS) quando voltavam do Paraguai. O país foi o destino final após o homicídio, onde trocaram o veículo roubado por substâncias ilícitas. Outros dois estavam em Álvares Machado e Presidente Prudente.
De acordo com o delegado Pablo Rodrigo França, quatro dos envolvidos possuem passagens criminais por crimes violentos. “Passamos a fazer trabalho de inteligência e aderindo às informações que sempre chegam em caso de comoção. Com o trabalho em equipe, entre as policias judiciarias de São Paulo e Mato Grosso do Sul, conseguimos a detenção dos três primeiros, já confessos pelo crime”, afirma a autoridade. Com base nos depoimentos e objetos apreendidos, chegaram a mais dois suspeitos.
Crime arquitetado
“O crime foi arquitetado bem antes. A intenção era o roubo de outro tipo de veículo. Com a não consumação, houve a ideia do aplicativo e escolha desta vítima”, afirma França. De acordo com o delegado, na noite de sexta-feira três dos “passageiros” embarcaram no carro da vítima próximo a um shopping no Jardim das Rosas, em solicitação de corrida feita por outro elemento. Com a chegada do motorista, foram ao Residencial Maré Mansa e, ao final da corrida, Luciano foi apunhalado pelas costas com ao menos 13 facadas na região torácica.
Após o ato, eles colocaram Luciano no porta-malas e se desfizeram do corpo na estrada de terra que liga Machado a Presidente Bernardes. O cadáver foi encontrado por uma pessoa que caminhava na manhã de sábado. “Dos cinco presos, um deles é o autor intelectual, que fez toda a programação de como faturar com a venda do carro. Ele também continuou verificando a viagem ao Paraguai [onde trocaram o carro por droga]”. A partir de agora, a Polícia Civil aguarda a prisão preventiva dos investigados, válida por 30 dias com prorrogação para o mesmo período.