Ano após anos constamos uma população que vem envelhecendo, e hoje em cada cinco lares, um terá um idoso. E os desafios são enormes para manter e cuidar destes idosos, em casa, com boa qualidade de vida e que possam estar amparados social e mentalmente.
Muitos idosos ficam sozinhos, pois quase todos os membros da família precisarão trabalhar e passarão a maior parte do dia fora de casa. Assim, na grande maioria dos casos, os idosos ficarão quase “trancados em quartos fechados”, com mínimas condições de higiene e iluminação.
Aqueles idosos que possuem comorbidades, como pressão alta, diabetes, artrose e doenças degenerativas, como doença de Alzheimer e doença de Parkinson, serão os mais prejudicados, pois nem sempre terão seus remédios à disposição, bem como não tomarão regularmente nos horários e nas doses corretas.
O risco de quedas com fraturas dos braços, fêmur e até hematoma cerebral, são preocupações que familiares precisam analisar, pois podem debilitá-los mais ainda.
É importante que familiares e cuidadores tenham consciência que a evolução progressiva da doença degenerativa e a dificuldade no tratamento do transtorno mental poderão dificultar o acompanhamento no lar, levando em conta sintomas mais graves que o esperado, com alterações subsequentes, mudança de personalidade e flutuação do nível de consciência.
As instituições de longa permanência, hoje em dia, são uma realidade. Totalmente regulamentada e sob fiscalização constante da Vigilância Sanitária, são opções para familiares que possuem dificuldades de ficarem em casa cuidando do seu ente querido e possuem uma condição financeira que ajudará, junto com a aposentadoria do idoso, encontrar um lugar limpo e agradável.
As instituições de longa permanência possuem um corpo clínico formado por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, cuidadores e muitos com fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, proporcionando segurança, tanto para o idoso, bem como familiares.
As qualidades emocionais do idoso cada dia que passa são primordiais para mantê-lo com otimismo, evitando lembrar das frustrações e angústias da vida, sendo medicado nos horários e doses adequadas, alimentando-se nos horários adequados, quantidade e qualidade para sua idade, fazem atividades físicas leves, mas regulares, tomam banho de sol, compartilham de atividades e interagem. Aqueles mais debilitados são visitados frequentemente, e os mais saudáveis passarão finais de semana ou feriados junto com seus familiares.
Longe de achar que estas instituições sejam desumanas, ao contrário, é preciso analisar os prós e contras, pois poderá ser a saída.