Artigos de Helio Martinez são publicados em obra

“O Amigo" e “A Beleza da Alma" estão em “O Livro da Magistratura em verso e prosa", que será lançado nesta sexta, em São Paulo, na Apamagis

VARIEDADES - Oslaine Silva

Data 04/08/2016
Horário 10:41
 

"O Amigo" e "A Beleza da Alma"! Estes são os dois artigos do juiz aposentado, hoje advogado, de Presidente Prudente, Helio Martinez, que foram selecionados para compor "O Livro da Magistratura em verso e prosa", - que será lançado amanhã, em São Paulo, na Apamagis (Associação Paulista de Magistrados).

De acordo com Helio, a obra, que vinha sendo preparada há mais de um ano, publicada pela editora TopBooks, conta com 229 páginas com textos em forma de versos, prosas e artigos de 44 dos 2,5 mil juízes existentes no Estado.

Jornal O Imparcial "Me sinto honrado em estar presente no livro", expõe o magistrado aposentado

"Enviei três artigos e dois deles foram selecionados. Me sinto honrado em estar presente no livro. Eu adoro escrever! Sempre li muito, não perco uma obra de Augusto Cury, por exemplo. Tenho mais de 200 artigos publicados em O Imparcial, os quais encadernei em três volumes. Além do meu livro ‘Fragmentos de Sensibilidade’", expõe o advogado.

Segundo Helio, esse livro, ou seus artigos publicados no jornal, são como uma forma de incentivo às pessoas ociosas que acham que porque se aposentaram devem se entregar em um banco de praça, ou em frente da televisão, por acharem que já fizeram sua parte.

Conforme ele, sempre há o que fazer. Quem acredita que já fez tudo, está morto. "Precisamos exercitar a nossa mente porque senão ela atrofia. Eu não suporto ficar em casa sem ter o que fazer. Temos que saber viver. É preciso saber viver!", denota o magistrado.

Helio diz que não tem planos de escrever nenhum outro livro, até porque não existe a intenção de ser um escritor. Quando a inspiração vem, ele apenas coloca no papel. "Escrevo mensagens sobre esperança, amor, fraternidade, fé em Deus, luz. Ou seja, discorro sobre a vida. Eu poderia escrever sobre questões jurídicas... deixo isso para os colegas, juízes, que estão na ativa", frisa o articulista.

 

Sensibilidade nas palavras

Explicando um pouco do que se trata seus dois textos publicados no livro, Helio diz que "O Amigo" expõe o que hoje é tão raro de se ter. "E não digo em razão de crítica, mas pela falta de tempo mesmo, inclusive, para a família, em que todo mundo trabalha excessivamente. Hoje temos colegas de trabalho, de faculdade, mas aqueles para falarmos ‘tô junto’, é difícil. Diferente de antigamente!", exclama.

Em "A Beleza da Alma" ele narra uma história de um casal, muito bonito, onde ele diz que a mulher lembra até a sua esposa, loura, linda de olhos azuis! O casal que era admirado por todos, vivia muito feliz em uma cidadezinha do interior. Certo dia o apartamento em que moravam pegou fogo. Por mais de um mês, os dois ficaram hospitalizados e, ela que era linda teve seu rosto completamente deformado parecendo um monstro.

Tomada por um medo terrível do que o marido pensaria ao vê-la daquela forma, ela desejou a morte.

Ele, por sua vez, depois de recuperado e sabendo da condição de sua amada esposa foi visitá-la no hospital usando óculos escuros e uma bengala na mão, como se estivesse cego.

E assim viveram felizes, a esposa acreditando que seu amor estava cego, por mais dez anos. Ela morreu primeiro que ele, e no dia do velório a verdade é revelada quando o esposo chega, e coloca de lado a bengala e os óculos escuros que usara por uma década!

"Isso é ‘a beleza da alma’! Porque alguém que se coloca em uma condição dessas, que se dedica dessa forma... é inacreditável", destaca o juiz aposentado.

 

Veia artística

Conforme Helio, ele já foi protagonista do primeiro espetáculo teatral de Prudente, "Almas de Outro Mundo", em 1959. "Fiz Jograis Prudentinos com os amigos Joseval Peixoto, Walter Cacetari e José Olivetti Fabris, onde tínhamos um programa de rádio. Gravei novelas, cantei em uma boate para ganhar um dinheirinho extra... Ou seja, a arte esteve sempre latente em minha vida. Mas, isso tudo antes de me casar ", conta o advogado.

Orgulhoso por poder contribuir com uma causa, obra da construção do Hospital Regional do Câncer, Hélio recorda que no dia do lançamento do seu livro, em 2008, "Fragmentos de Sensibilidade", 300 exemplares foram vendidos rapidamente. E, em um mês os 700 restantes.

 
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