Arsesp autoriza alta de 4,7% na conta de água

Aval da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo permite que valores sejam alterados pela Sabesp em 36 municípios a partir de 11 de maio

REGIÃO - GABRIEL BUOSI

Data 16/04/2019
Horário 06:00

A partir do dia 11 de maio, os moradores de 36 cidades da região de Presidente Prudente atendidas pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) estão sujeitos a receber as contas de água com um reajuste de 4,7%, conforme autorização da Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo). A reportagem foi às ruas ouvir a população sobre o anúncio e encontrou moradores insatisfeitos com a medida, já que, como eles mesmos caracterizam, “tudo sobe, menos o salário”.

O anúncio foi realizado no dia 10 de abril, quando a Arsesp informou a autorização do reajuste anual dos valores das tarifas para água e esgoto da companhia que atua no oeste paulista. A deliberação, conforme a agência, foi publicada no dia seguinte no DOE (Diário Oficial do Estado), documento que explica os cálculos para o reajuste aplicado nas faturas a partir do próximo mês.

“O índice autorizado, que vale para todos os segmentos de consumo, corresponde à correção da inflação medida pelo IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo] no período de março de 2018 a março de 2019, que foi de 4,5%, descontado um percentual de 0,69% fixado pelo regulador, referente a ganhos de eficiência que devem ser compartilhados com os usuários”, afirma a Arsesp. Além disso, é mencionado na nota o fato que de que o ajuste compensatório de 0,84% é decorrente do último processo de revisão tarifária da empresa, concluído em maio de 2018.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo foi procurada, mas informou que, sobre o reajuste tarifário, a recomendação era a de que a consulta fosse feita diretamente junto à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo.

Medida desagradou

A pensionista de 70 anos, Noêmia Rosa, afirmou que foi uma surpresa o reajuste, já que ela não se programou a novos valores. “É muito difícil, não é mesmo? Para nós que vivemos de um salário e para pagar contas, acho que é algo que vem para atrapalhar”.

A dona de casa Rosiane Cruz, 31 anos, lembra que também não se programou para o reajuste e afirma que “tudo sobe, menos o salário do brasileiro”. “Eu acho que nem deveria existir esse tipo de reavaliação da tarifa. É desnecessário, pois se já faz uma diferença no mês, imagina no final do ano”, contabiliza.

A aposentada de 71 anos, Neide dos Santos, por fim, esclarece que soube do anúncio nas mídias de comunicação e esclarece que não teve como se preparar. “Atrapalha o orçamento doméstico”, avalia. 

Fotos: José Reis

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