Com a confirmação de duas mortes em Presidente Prudente causadas pela dengue e 1.464 casos positivos da doença, a Prefeitura tem realizado nas últimas semanas arrastões em áreas de risco para orientações e recolhimentos de materiais que podem contribuir com possíveis novos casos. Ontem foi a vez da área 7, que contempla os bairros: Alexandrina, Brasil Novo, Primavera, Guanabara, Angélica, Operária e Vale das Parreiras. “A intenção é eliminar tudo que serve como criadouro. Esperamos o apoio de todos para que o poder público aja de um lado e o morador do outro. Não podemos deixar o mosquito nascer”, informa Elaine Bertacco, supervisora da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal).
De acordo com a Prefeitura, assim como ocorreu no arrastão na área 4, a orientação aos munícipes é que descartarem os materiais na calçada. Ainda assim, os agentes entraram nos quintais dos moradores com saco de lixo apontando todo recipiente que poderia acumular água e servir como criadouro do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya.
“É uma área que tem se tornado de risco, pela quantidade de casos que surgiram nos últimos dias, por isso, como é uma doença dinâmica e que não atua apenas em um lugar, precisamos ir onde ela está aparecendo. Nossas estratégias são montadas em cima das notificações”, pontua Elaine. Com isso, a supervisora da VEM informa ressalta que os agentes não recolheram os recipientes da casa do morador, mas apontaram o que pode servir para que o mosquito se prolifere, de forma que o munícipe faça o descarte consciente.
Histórico do município
Desde o início do ano os casos de dengue em Presidente Prudente não param de crescer. O último balanço da Vigilância Epidemiológica Municipal, divulgado quinta-feira, confirmou mais 232 casos, totalizando as 1.464 ocorrências. Do total, 18 são importadas, vindas de outras localidades, e 1.446 são autóctones, contraídas na cidade.
Conforme a Prefeitura, existem ainda 5.668 notificações, sendo que neste número estão incluídas as catalogações positivas, as negativas, as que aguardam resultados e até mesmo as inconclusivas, sendo aquelas cujos exames terão de ser refeitos.
Pela quantidade de casos, e até mesmo preocupado com a situação, foi que o Executivo, em 23 de maio, decretou situação de emergência na cidade, conforme decreto publicado no Diário Oficial do Município.
Com a publicação, abriu-se também diálogo entre os poderes Legislativo e Executivo - além das demais repartições municipais, como secretarias -, que se reuniram a fim de discutir a situação da doença e abrir diálogo para possíveis medidas a serem adotadas posteriormente.