Área central concentra 40% do comércio

Conforme dados do Sebrae, na área das micro e pequenas empresas, vestuário é líder no ranking de PP, com 2.229 estabelecimentos

PRUDENTE - Oslaine Silva

Data 15/07/2014
Horário 09:20
 

Amanhã se comemora o Dia do Empresário do Comércio (Dia do Comerciante) e especialistas do ramo destacam que esta é uma das profissões mais antigas que se pode imaginar. Segundo eles, acompanhando a história da humanidade, homens já trabalhavam se valendo do sistema de troca de todos os tipos de produtos, quando ainda nem existia o dinheiro. Hoje, os mais variados tipos de comércio tomam conta do mundo. Em Presidente Prudente, segundo a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), o atual cenário do comércio se estabelece da seguinte maneira: 40% no centro, 18% na Cohab, 15% no Ana Jacinta e, 27% estão pulverizados pela cidade.

Para destacar os principais segmentos que atuam em todo o município, o presidente da Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente), Ricardo Anderson Ribeiro, levantou junto ao Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) os seguintes dados: na área das micro e pequenas empresas, o  vestuário é líder no ranking, com 2.229 em atividade. Em seguida, minimercados e mercearias somam 1.660 estabelecimentos. Depois vem o comércio de autopeças, com 1.546, material de construção, com 1.329, e, farmácias, em um total de 665. Em relação às empresas de pequeno porte (EPP), são 87 no setor de material de construção; 69 no de autopeças; 68 mercados acima de 300 m²; 68 estabelecimentos de varejo de combustível; 65 no varejo de vestuário; e 34 farmácias.
Na área de agronegócios, Ribeiro expõe o número de 1.647 empresas; comércio atacadista soma 1.311; e o varejista, 8.045. Em relação ao setor da indústria são 2.193 e de serviços 9.548.

"Prudente vem desbravando cada vez mais o comércio. Tanto que a Acipp, que visa defender e organizar os interesses dos empreendedores, foi criada em 1927 . Na época viu-se a necessidade de proteger e incentivar os pequenos agricultores que fomentavam os negócios. E hoje percebemos que os pequenos empresários crescem cada vez mais", destaca.

 
Evolução

Ribeiro ressalta que ao longo dos anos os micro e pequenos empresários foram ganhando cada vez mais espaço e respaldo, como por meio da Lei Geral 221/12, que amplia benefícios tributários contemplando estes microempreendedores de utilizarem o Simples Nacional.

Para o presidente da Acipp, um dos grandes parceiros que tem tornado possível o crescimento comercial é o Sebrae, que vem dando suporte a estes investidores em todos os sentidos. Além disso, ele revela que se percebe que há uma mudança no comportamento do empreendedor. De acordo com ele, com as novas tecnologias veio a inovação, que favoreceu determinados segmentos, e extinguiu outros. "Não se pode relutar ao novo. Quem está no mercado tem que estar atualizado em seu setor. Quando sente que não está indo bem, tem que procurar melhorar, pesquisar, buscar novos caminhos", frisa.

Ribeiro ressalta que a inovação é o incremento de receita. "Quando o empreendedor tem estrutura leve, consegue acompanhar as novidades, ele prospera em seus processos internos e externos. E tanto patrão como empregados acabam tendo rendimento satisfatório. Vale o ditado que ‘não é o grande que engole o pequeno, é o rápido que engole o lerdo’", salienta.

 
História

Vitalino Crellis, presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente), relembra que com o surgimento da moeda o comércio aflorou fortalecendo as grandes feiras, que reuniam comerciantes de várias regiões em um mesmo lugar, e promovendo a instalação de estabelecimentos em pontos fixos.

De acordo com o sindicalista, a data que foi instituída em 1953 foi escolhida em homenagem ao político e economista José Maria da Silva Lisboa, mais conhecido como Visconde de Cairu, considerado o patrono do comércio do Brasil. "Segundo a História, foram dele as iniciativas de desenvolvimento comercial do Brasil com outros países", expõe.

A obra da escritora Tereza Cristina Kirschner, intitulada "José da Silva Lisboa, Visconde de Cairu", expõe que na capitania da Bahia, o luso-brasileiro exerceu os cargos de ouvidor, professor régio e deputado da Mesa da Inspeção da Agricultura e do Comércio. Em 1808, a convite do príncipe dom João, foi para o Rio de Janeiro, onde foi nomeado diretor e censor da Impressão Régia, e deputado da Junta do Comércio. Durante o período da Independência, atuou na imprensa, participou da Assembleia Constituinte, em 1823, e foi senador do Império de 1826 a 1835. Entre as várias mercês que recebeu de Dom Pedro I destacam-se o título de barão, em 1824, e o de visconde de Cairu, em 1826. As interpretações contidas neste livro sobre o Visconde de Cairu, sua obra e sua atuação mostram distintos posicionamentos diante de problemas políticos e econômicos de determinada época.

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