Quase que diariamente, O Imparcial publica notícias a respeito de apreensão de drogas, principalmente, em rodovias que cortam a região. Não é à toa que ela é conhecida como rota do tráfico. Ao fazer fronteira com outros Estados, como Paraná e Mato Grosso do Sul, a região se torna via de acesso a outras localidades. O que impressiona é a ousadia dos traficantes, e das pessoas que são usadas para transportar entorpecentes. Percebe-se, cada vez mais, que o transporte é feito em lugares inusitados, além dos já esperados, como mochilas e bagagens.
A droga é encontrada “camuflada” entre outros produtos lícitos transportados, como alimentos, por exemplo, até em compartimentos “ultrassecretos” nos próprios veículos. Isso sem contar as chamadas “mulas”, que levam o entorpecente amarrado ao corpo, ou até mesmo dentro dele, ao ingerir, perigosamente, porções de droga. Conforme a polícia, esse tipo de “serviço” é realizado, geralmente, pela busca por dinheiro fácil. Contudo, todos sabemos que tal conduta é criminosa, e não vale a pena. Muitas vezes, essas pessoas colocam a própria vida em risco, enquanto o traficante poderoso jamais vai colocar a pele dele em jogo.
As ações policiais de combate ao tráfico são de extrema importância. Graças a elas, toneladas e toneladas de entorpecentes são tiradas de circulação. No entanto, além disso, políticas públicas que combatam o uso de tais drogas ilícitas devem ser mais amplamente implementadas, e isso desde os bancos escolares. Sabemos de ótimas iniciativas, como o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas), realizado pela Polícia Militar, em parceria com as escolas e as famílias. As pessoas, desde crianças, precisam ter plena consciência das consequências danosas acarretadas pelo consumo de entorpecentes, tanto para a própria vida delas, como para todos aqueles que a cercam. E, enquanto houver gente usando drogas, haverá gente se aproveitando para traficá-las. São oportunistas, que pouco se importam com a vida do outro.