Após aval do STF, Estado retomará processo para implantação de escolas cívico-militares na região

Antes da suspensão temporária do programa, nove unidades escolares do oeste paulista haviam manifestado interesse em aderir ao modelo

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 27/11/2024
Horário 17:05
Foto: Arquivo
Escola Sarrion de Prudente é uma das que manifestaram interesse no modelo cívico-militar
Escola Sarrion de Prudente é uma das que manifestaram interesse no modelo cívico-militar

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), acatou um pedido da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo e derrubou a decisão do TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) que suspendia temporariamente a implantação do programa das escolas cívico-militares em São Paulo. A Seduc-SP (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) informou que, com isso, o governo de São Paulo está liberado para tomar as providências necessárias para a implementação do programa a partir de 2026. Antes da suspensão, nove unidades escolares da região de Presidente Prudente haviam manifestado interesse em aderir ao programa.

Segundo a pasta, trezentas escolas manifestaram interesse em aderir ao modelo e poderão voltar a consulta à comunidade no ano que vem. A expectativa da secretaria é iniciar o projeto em 2026 com 45 unidades educacionais da rede, permitindo um acompanhamento detalhado da implantação do modelo e a avaliação da possibilidade de ampliação nos próximos anos.

Na retomada da consulta pública com as comunidades escolares em 2025, se mais do que 45 escolas tiverem votação favorável, serão adotados critérios de desempate para a seleção das unidades. Entre eles, distância de até dois quilômetros de outra unidade que não optou pelo programa, em caso de mais de uma escola interessada na mesma cidade; número de votos válidos a favor da implantação, sendo que, para que a votação a favor seja válida, é preciso que 50% dos votantes mais um optem pelo sim; e escolas com mais níveis de ensino, ou seja, que ofertam o ensino fundamental e o médio. 

Currículo e processo seletivo

Mantida a decisão, as escolas que adotarem o modelo cívico-militar seguirão o Currículo Paulista, organizado pela Secretaria da Educação. A Seduc-SP também será responsável pelo processo de seleção dos monitores e pela formação dos professores das unidades.

Caberá à Secretaria da Segurança Pública apoiar a Secretaria da Educação no processo seletivo e emitir declarações com informações sobre o comportamento e sobre processos criminais ou administrativos, concluídos ou não, em que os candidatos a atuar como monitores nessas unidades de ensino possam estar envolvidos.

O investimento nas escolas cívico-militares será o mesmo já previsto nas unidades regulares. O gasto com a contratação dos monitores, já considerando a expectativa final de 100 escolas cívico-militares, será de R$ 7,2 milhões.

Escolas da região que manifestaram interesse no modelo antes da suspensão

DIRETORIA DE ENSINO MUNICÍPIO ESCOLA ESTADUAL
ADAMANTINA DRACENA PROFESSORA JULIETA GUEDES MENDONCA
ADAMANTINA DRACENA ALFREDO MACHADO
ADAMANTINA JUNQUEIRÓPOLIS PROFESSOR GERALDO PECORARI
PRESIDENTE PRUDENTE MARTINÓPOLIS CORONEL JOÃO GOMES MARTINS
ADAMANTINA PANORAMA JOAO BRASIO
PRESIDENTE PRUDENTE PRESIDENTE PRUDENTE MONSENHOR SARRION
PRESIDENTE PRUDENTE PRESIDENTE PRUDENTE TEÓFILO GONZAGA DA SANTA CRUZ
SANTO ANASTÁCIO PRESIDENTE VENCESLAU ANTONIO MARINHO DE CARVALHO FILHO
PRESIDENTE PRUDENTE REGENTE FEIJÓ PROFESSORA ANNA DE MELLO CASTRIANI
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